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Em delação premiada, Élcio Queiroz aponta Ronnie Lessa como assassino de Marielle e Anderson; Terceiro envolvido foi preso hoje (24)

Suel, como é conhecido, foi preso após delação premiada de Élcio Queiroz

A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (24), no Rio de Janeiro, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, no âmbito da Operação Élpis.

A ação ocorreu em conjunto com a Força Tarefa Marielle e Anderson (FT-MA), do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual (MP-RJ).

Suel, como é conhecido, foi apontado como envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes por Élcio Queiroz, ex-Policial Militar que está preso desde 2019.

A declaração foi feita após um acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Além de Maxwell Simões Corrêa e Élcio Queiroz, o ex-PM Ronnie Lessa também está preso pelo atentado ocorrido em 2018.

Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, no Rio de Janeiro e na região metropolitana.

O Ministério Público do estado informou que o cumprimento dos mandados teve o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Em 2020, Suel já havia sido preso e acusado de obstruir as investigações sobre a execução de Marielle e Anderson. A prisão foi na Operação Submersus 2, deflagrada em ação conjunta do MP-RJ, Corregedoria do Corpo de Bombeiros e Delegacia de Homicídios da Capital (DH).

De acordo com informações da Agência Brasil, a promotora Simone Sibilio, que respondia pela investigação do caso no órgão, afirmou em entrevista na época, que Corrêa foi proprietário do carro utilizado para ocultar um arsenal de armas de Ronnie Lessa, acusado de ser o executor da vereadora.

“Ele [Maxwell Correa] responde pelo crime de obstrução da justiça. É por isso que ele foi investigado, denunciado e preso. Ele participou da ocultação de várias armas, que foram lançadas ao mar. Se a arma usada no crime estava lá, nós não sabemos afirmar. Mas o fato é que ele participou do crime de obstrução da justiça. Há várias provas no processo que está sob sigilo”, afirmou Simone naquele momento.

Justiça

O ministro da Justiça, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, detalharam nesta segunda-feira (24) avanços recentes na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, no Rio de Janeiro. As informações são do g1.

A Polícia Federal passou a investigar o caso em fevereiro deste ano e, segundo Dino, fez uma “revisão” das provas obtidas até então pela Polícia Civil do Rio, além de coletar novos elementos.

Com base nessa delação, a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, o “Suel”. Ele já tinha sido condenado por atrapalhar as investigações, mas cumpria pena em regime aberto.

A delação de Élcio de Queiroz

Segundo o ministro Flávio Dino, a delação foi colhida há cerca de “15, 20 dias” e já foi homologada pela Justiça.

No depoimento, Queiroz confessou que dirigia o carro que perseguiu Marielle Franco – e disse que foi Ronnie Lessa quem atirou contra as vítimas.

“As provas colhidas e reanalisadas pela Polícia Federal de fevereiro pra cá confirmaram, de modo inequívoco, a participação do senhor Élcio e do senhor Ronnie, e isso conduziu à delação do Élcio”, disse Flávio Dino.

Dino também confirmou que Élcio receberá benefícios em razão do acordo de delação premiada, mas seguirá preso.

“O instituto da colaboração premiada pressupõe o acordo [benéfico ao delator]. Claro que houve. As cláusulas ainda permanecem sob sigilo judicial, mas posso afirmar que o senhor Élcio continuará preso em regime fechado. Inclusive, onde se encontra”, afirmou.

Milícia e crime organizado

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (24) ser indiscutível que a morte da vereadora Marielle Franco tem relação com a atuação de milícias no Rio de Janeiro.

“Os fatos até agora revelados e as novas provas colhidas indicam isto, que há forte vinculação desses homicídios, especialmente o da vereadora Marielle, com atuação das milícias e do crime organizado no Rio de Janeiro. Isto é indiscutível. Até onde vai isso? As novas etapas vão revelar”, afirmou o ministro da Justiça.

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