
A atriz e comediante Berta Loran faleceu na madrugada desta segunda-feira (29), aos 99 anos, no Rio de Janeiro.
Nascida Basza Ajs em Varsóvia, Polônia, em 23 de março 1926, a artista de origem judaica mudou-se com os pais e os cinco irmãos para o Brasil, fugindo do nazismo na Europa, em 1937.
A carreira na arte teve início em apresentações em clubes e teatros da comunidade judaica, sempre ao lado de uma irmã com a dupla ”Berta e Bela Ais”. O primeiro papel para grandes públicos foi interpretado em uma teatro de revista em 1952, aos 26 anos, no palco do Teatro Carlos Gomes, a convite do maestro Armando Ângelo, com quem havia trabalhado anteriormente. A estreia no cinema em 1955, no período das chanchadas brasileiras, no filme de Watson Macedo, “Sinfonia Carioca”.
Na TV, onde se consolidou, a estreia foi na década de 1960. Desde então, marcou presença em programas como “Balança, Mas Não Cai”, “Escolinha do Professor Raimundo”, “Zorra Total”, “Vai que Cola” e “A Grande Família”, onde deixou como marca o humor debochado e sotaque marcante, tornou-se uma das primeiras mulheres a conquistar espaço no humor televisivo, então dominado por homens.
Nas novelas, marcou presença em títulos como “Chiquinha Gonzaga”, “Amor com Amor se Paga”, “Ciranda de Pedra”, o remake de “Ti Ti Ti”, e “A Dona do Pedaço”, seu último trabalho em folhetins.
Em 2016, foi homenageada com o livro Berta Loran: 90 anos de humor, escrito por João Luiz Azevedo. Reclusa nos últimos anos, evitava aparições públicas, mas deixa um legado que atravessa quase oito décadas de carreira, tendo a comédia como marca principal. Berta completaria 100 anos em março de 2026.
Com informações de Metro1 e Notícias da TV