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123Milhas pede recuperação judicial após suspensão de passagens

Pedido foi protocolado na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais

Após suspensão de viagens que provocou prejuízos a clientes com passagens compradas para o período entre setembro e dezembro, a empresa 123milhas protocolou, ontem (29), um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Segundo a agência de viagens, a recuperação judicial tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores.

“A recuperação judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira”, informou em nota.

A empresa garante que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados.

Segundo os advogados da 123milhas, o pedido foi protocolado por conta de fatores “internos e externos”, que “impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”.

A medida, segundo a agência de viagens, tem como objetivo “assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores”, e deve permitir que a empresa chegue mais rápido a soluções com credores e consiga “reequilibrar sua situação financeira”.

Bloqueio de R$ 20 milhões

Uma Ação Civil Pública contra a agência de viagens foi ajuizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ontem (29). Conforme veiculado pela Agência Brasil, a ação pede o bloqueio de pelo menos R$ 20 milhões, tendo em vista a futura indenização aos consumidores que se habilitarem na ação.

O MPMG também pede que a empresa seja proibida de realizar as chamadas “promoções flexíveis”, com datas abertas, a fim de evitar novos danos e novas vítimas.

A ação também requer a condenação da empresa ao pagamento de danos morais no valor de R$ 10 milhões e ao pagamento de danos individuais patrimoniais e extrapatrimoniais.

CPI das Pirâmides Financeiras

Ainda de acordo com a Agência Brasil, os sócios da 123milhas foram convocados a prestar esclarecimentos na terça-feira (29) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras na Câmara dos Deputados. Contudo, os responsáveis pela empresa enviaram ofício alegando que não foram formalmente intimados pela CPI e que tiveram ciência da convocação apenas por notícias veiculadas na internet.

O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), remarcou os depoimentos de Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira para hoje (30). Caso não compareçam, Ribeiro irá requerer a condução coercitiva dos empresários.

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