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STF homologa delação de Ronnie Lessa sobre assassinato de Marielle e Anderson

Ministro da Justiça e da Segurança Pública fez pronunciamento a respeito de delação premiada

Foto: Reprodução

A noite desta terça-feira (19) foi marcada por um comunicado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, a respeito de uma nova etapa da investigação dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Lewandowski anunciou que Ronnie Lessa, ex-policial militar responsável pelas mortes, fechou um acordo de delação premiada, assinada de maneira voluntária, que já foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O caso está sendo conduzido na Corte pelo ministro Alexandre de Moraes.

“Nós sabemos que essa colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos, que nos levam a crer que brevemente nós teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco. O processo segue em segredo de justiça, como todos sabem”, declarou o titular do MJSP.

O caso completou seis anos na última quinta-feira, 14 de março, apenas com os executores identificados e presos.

Conforme publicado pela Agência Brasil, após o anúncio feito por Lewandowski, o Supremo informou que a delação de Lessa foi homologada após Alexandre de Moraes verificar que as regras da Lei nº 12.850/13 (Lei da Delação) foram cumpridas. Foram avaliados os requisitos de legalidade, adequação dos benefícios e dos resultados da colaboração.

Nas questões criminais, cabe ao STF o julgamento de autoridades com foro privilegiado na Corte, como deputados federais e senadores. Dessa forma, uma das justificativas para a remessa da investigação pode ser a citação do nome de alguma autoridade com foro no tribunal. Contudo, o motivo da movimentação da investigação não foi confirmado pela Polícia Federal.

Anielle Franco, irmã de Marielle e ministra da Igualdade Racial, pelo X (antigo Twitter), demonstrou otimismo com as informações apresentadas na noite de terça-feira:

Já Mônica Benício, viúva de Marielle e vereadora do Rio de Janeiro pelo PSol, declarou que o pronunciamento do ministro não colabora com a esperança, “apenas aumenta as especulações e uma disputa de protagonismo político que não honram as duas pessoas assassinadas”. “Transformar os fatos deste caso num espetáculo já virou prática corriqueira de diversos veículos de imprensa, contra a qual tenho lutado duramente. O que me causou surpresa, realmente, foi ver um Ministro de Estado agir do mesmo modo”.

A deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), chamou atenção para o fato de o caso ter ido para o STF “após novas evidências mencionarem que um parlamentar federal possivelmente está de alguma forma envolvido no caso”.

Depois do pronunciamento do ministro Ricardo Lewandowski, o jornalista César Tralli disse, durante o programa Edição das 18h, do canal Globo News, que: “o bastidor é de que os mandantes estão ligados a um grupo político muito poderoso no Rio de Janeiro, que atua na cidade há décadas, envolvido com milícias, uma suspeita grande de controle de territórios urbanos bem populosos. Uma questão que envolve construção civil, lei de zoneamento, uma série de, digamos assim, temas que são muito caros e importantes para as milícias”. O caso segue sob sigilo.

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