Em entrevista ao Portal Umbu, Juliana fala sobre dificuldades de se manter como atleta na Bahia e expectativas para o Pan-Americano de Basquete Master
Juliana Dias é uma figura multifacetada, descrevendo-se como “filha, tia, amiga, irmã, madrinha, além de professora, atleta e técnica”. Sua trajetória esportiva teve início aos 13 anos, quando recebeu o convite para participar de um clube de basquete após sua primeira competição escolar. Ao longo dos anos, Juliana participou de diversas competições estaduais, destacando-se por representar a Bahia em campeonatos brasileiros de base por vários anos.
O esporte me proporcionou diversas experiências. Cresci querendo proporcionar essas oportunidades a outras pessoas
Fascinada pelo movimento, Juliana viu no esporte a oportunidade de proporcionar experiências enriquecedoras a outras pessoas, motivando-a alcançar voos incríveis: “O esporte me proporcionou diversas experiências. Cresci querendo proporcionar essas oportunidades a outras pessoas, daí surgiu o meu interesse em cursar Educação Física. Com o esporte também tive bolsa atleta na universidade onde cursei Fisioterapia”, conta a atleta.
No entanto, os seus desafios começaram após sua primeira convocação para a seleção brasileira de basquete master, modalidade destinada às pessoas que desejam continuar praticando o esporte após a idade adulta, acima dos 30 anos.
Uma lesão grave exigiu duas cirurgias e afastou a jogadora da prática esportiva e de sua carreira profissional por um longo período. Mesmo assim, Juliana não desistiu dos seus objetivos e aceitou o convite para ser técnica da equipe de basquete universitário feminino da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Sob sua liderança, a equipe conquistou resultados expressivos em competições estaduais, regionais e nacionais.
A falta de incentivo e patrocínio é o grande desafio que enfrentamos para representar o país
Aos 36 anos, Juliana se prepara para disputar o Pan-Americano no México pela seleção brasileira master, mas enfrenta um desafio significativo: a falta de incentivo e patrocínio: “No próximo mês [abril de 2024] estarei disputando o Pan-Americano no México pela seleção brasileira master. A falta de incentivo e patrocínio é o grande desafio que enfrentamos para representar o país, já que todos os custos – como vistos, passagens, hospedagens, alimentação, uniformes, inscrição – são de responsabilidade do atleta”, afirma Juliana.
Apesar da falta de incentivo, a atleta se mantém confiante na sua carreira, afinal, ela é um exemplo de determinação e superação, inspirando não apenas no esporte, mas também como educadora física e técnica comprometida com o desenvolvimento do basquete feminino no Brasil.
A equipe de Juliana Dias participará da 12ª edição do Campeonato Pan-Americano de Basquete Máster (12º Campeonato Panamericano Del Maxibasquetebol), entre os dias 12 e 21 de abril, em Yucatán, no México.
