Planalto pode encontrar resistência para aprovar matérias que auxiliem a alcançar a meta de déficit zero
A declaração do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) indicando que não pretende entregar a presidência da Caixa Econômica Federal ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), frustrou expectativas e gerou indigestão entre líderes do Centrão. As informações são da CNN.
As lideranças acreditam que, neste contexto, Lira ainda avalia o que pode ser feito. No entanto, temas considerados fundamentais para o governo federal não devem avançar na Câmara.
Ainda segundo a CNN, o Palácio do Planalto pode encontrar resistência para aprovar matérias que auxiliem a alcançar a meta de déficit zero. Pautas como taxação de offshores e fundos exclusivos, além do orçamento de 2024, podem perder o ritmo.
“A Casa já está parada. Lira voltou dos Estados Unidos e viajou para o estado, viajou para São Paulo… já é uma sinalização ele não parar aqui. A expectativa era que a solução viria da viagem deles à Nova York, e não veio. Foi uma frustração”, afirmou em reservado um líder próximo à Lira.
Lula disse publicamente na segunda-feira (25) que, por enquanto, não deve trocar o comando da Caixa, atualmente, chefiado por Rita Serrano.
“Não adianta ficar torcendo para a água que você quer que passe embaixo da ponte chegue logo, ela vai chegar no momento certo”, disse Lula.
A fala de Lula ocorre dias após a declaração do presidente da Câmara, de que a troca no comando do banco já estava costurada e que todas as vice-presidências da Caixa serão preenchidas por indicados de partidos do Centrão.
A indicação da presidência da Caixa foi prometida pelo Planalto ao presidente da Câmara durante as negociações da entrada dos partidos PP e Republicanos na Esplanada dos Ministérios. Ao todo, a Caixa tem 12 vice-presidências que seriam entregues e divididas entre partidos do bloco.
