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Proprietária do Facebook, Meta anuncia encerramento de sistema de checagem de fatos em favor da “liberdade de expressão”

CEO da empresa, Mark Zuckerberg informou a mudança em uma publicação no Instagram

Foto: Reprodução/Facebook

A Meta, empresa responsável pelas redes sociais Facebook, Instagram e Whatsapp, informou nesta terça-feira (7) o fim do sistema de checagem de fatos em suas plataformas e a adoção das “notas de comunidade”, um recurso semelhante ao implementado pela rede social X, antigo Twitter, propriedade de Elon Musk.

A mudança foi comunicada pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg, em uma publicação no Instagram e ocorrerá, inicialmente, apenas nos Estados Unidos. A medida poderá ser expandida posteriormente para outros países.

“⁠É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Estamos substituindo os verificadores de fatos por Notas da Comunidade, simplificando nossas políticas e focando em reduzir erros. Ansioso pelo próximo capítulo”, disse Zuckerberg.

“Isso significa que identificaremos menos conteúdos problemáticos, mas também reduziremos a remoção acidental de postagens e contas de pessoas inocentes”, completou.

Durante o vídeo, Zuckerberg acenou a Donald Trump e disse que a empresa vai trabalhar com o presidente norte-americano. Depois, sem apresentar provas, ele afirmou que “os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente”.

Segundo João Brant, secretário de Políticas Digitais da Secom (Secretaria de Comunicação Social), a frase de Zuckerberg sobre “tribunais secretos” foi uma referência ao Supremo Tribunal Federal, que já suspendeu a rede social de Elon Musk no Brasil. Em agosto de 2024, a plataforma X foi bloqueada no país após recusar cumprir determinações do STF.

Entre as exigências estipuladas pelo ministro Alexandre de Moraes, à época, constavam o registro da plataforma na Junta Comercial brasileira; registro em cartório para oficializar a advogada Rachel de Oliveira Conceição como representante legal no país; e comprovação do bloqueio de nove contas de usuários investigados pela Corte por publicarem mensagens consideradas antidemocráticas.

Ao anunciar a mudança, Zuckerberg ainda disse que “os verificadores de fatos têm sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram”. “O que começou como um movimento para ser mais inclusivo tem sido cada vez mais usado para calar opiniões e excluir pessoas com ideias diferentes, e isso foi longe demais”, declarou.

No vídeo, o CEO da Meta falou também sobre o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e expressou entusiasmo ao afirmar que poderá trabalhar com ele no próximo mandato, que começará em 20 de janeiro.

“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos de todo o mundo, que visam perseguir empresas americanas e pressionando para implementar mais censura”, afirmou o empresário.

Com informações de SBT News e G1

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