Conclusão da maioria foi que o recurso foi utilizado de maneira transparente
Aberto em julho para investigar a campanha da Volkswagen que reproduz, com o uso de inteligência artificial, a imagem da cantora Elis Regina, falecida em 1982, o processo ético acabou sendo arquivado pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) após um mês.
A ação do órgão tinha como objetivo investigar eventuais irregularidades cometidas pela empresa de automóveis na campanha “O novo veio de novo”, em que Elis foi recriada por computação gráfica e canta a música “Como Nossos Pais” com a filha, Maria Rita.
Segundo Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, houve unanimidade dos 21 membros da 7ª Câmara do Conar ao entender que não houve irregularidades por parte da Volkswagen e da AlmappBBDO, agência criadora da peça.
Na época, o processo foi aberto após internautas questionarem se é ético o uso da inteligência artificial para reproduzir a imagem de pessoa falecida.
De acordo com o Conar, os conselheiros também debateram se havia necessidade de informar explicitamente à audiência da propaganda que Elis havia sido recriada por meio de inteligência artificial.
Treze conselheiros se manifestaram a favor do arquivamento deste tema, enquanto sete optaram pela continuidade do trâmite, que acabou arquivado. A conclusão da maioria foi que o recurso foi utilizado de maneira transparente.