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Primeira noite de Carnaval do circuito Osmar é marcada pela diversidade de sons e ritmos

Carnaval Ouro Negro garante que blocos de matriz africana e indígena desfilem e apresentem nos circuitos a diversidade e multiplicidade, que a maior festa de rua do planeta merece

Foto: Divulgação/SecultBA

Quem acredita que a primeira noite do carnaval oficial de Salvador, no Campo Grande, só abriga o samba, está enganado. A diversidade musical da programação do Programa Carnaval Ouro Negra mostra que na festa mais popular do país há espaço para diferentes estilos. Com a intenção de agradar os diversos paladares musicais dos foliões com sede de festa, a passarela do Campo Grande, nesta quinta (8), colocou o público para vibrar ao som de diferentes gêneros.

A noite também contou com o balanço tradicional do afro do Bankoma; o gingado do Bloco da Capoeira; o samba junino do Bloco Fogueirão e a percussão feminina do Bloco Mulherada, celebrando 23 carnavais. Através do incentivo promovido pelo Programa Ouro Negro, aproximadamente 20 (vinte) blocos como, A Mulherada, puderam reforçar princípios de representatividade e empoderamento feminino negro, nesta quinta-feira de Carnaval.

O Carnaval Ouro Negro garante que blocos de matriz africana e indígena desfilem e apresentem nos circuitos a diversidade e multiplicidade, que a maior festa de rua do planeta merece. Um deles foi o bloco Samba Fogueirão, que neste ano teve o tema “Viva ao nosso mestre Vovô do Ilê – toda reverência a nossa maior referência da cultura negra”, fazendo alusão e homenagem ao presidente do bloco afro Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô, que este carnaval celebra 50 anos. Vale lembrar que o Ilê é uma das 170 instituições contempladas.

Também, teve o Reggae O Bloco que transformou a passarela em um reduto do reggae e boas vibrações neste Carnaval! Este ano a festa foi dedicada à Rainha de Sabá, símbolo de sabedoria e elegância que transcende o tempo. Luiz Carlos, um folião fiel e apaixonado pelo ritmo, declara que “uma festa como a grandiosidade do Carnaval, não teria sentido sem o melhor ritmo do mundo, o reggae“.

Carnaval Ouro Negro 2024

O Carnaval da Bahia é Ouro Negro. Em 2024, foram investidos R$15 milhões para proporcionar o apoio a mais de 170 grupos dos segmentos afro, afoxé, samba, reggae e de índio. Só no carnaval de Salvador são mais de 100 entidades que desfilam nos circuitos oficiais da folia. Entre as entidades contempladas estão grupos tradicionais como o Olodum, Ilê Aiyê, Filhos de Gandhy, Muzenza e Cortejo Afro. A SecultBA amplia sua parceria com blocos tão importantes com o intuito de preservar a tradição destes na folia soteropolitana e nas suas comunidades de origem, valorizando as nossas matrizes africanas.

Carnaval da Cultura

Comemorar, enaltecer e fortalecer os Blocos Afro em seus 50 anos de existência, contados a partir do nascimento do Ilê Aiyê, o pioneiro, é garantir que a festa também seja um lugar para que negras e negros baianos contem as suas narrativas e façam parte da história do mundo. Por isso, o tema do Carnaval da Bahia em 2024 é os 50 anos de Blocos Afro – Nossa Energia é Ancestral. Em cada circuito, em cada sorriso, em cada bloco desfilando as belezas do povo preto, em cada brilho pelas ladeiras do Pelô.

É a folia animada, diversa e democrática do Carnaval e é também a preservação do patrimônio cultural, com o apoio ao carnaval tradicional dos mascarados de Maragojipe. O Carnaval da Cultura é promovido pelo Governo do Estado, “50 anos dos Blocos Afro – Carnaval da Bahia 2024 – Nossa Energia é Ancestral”.

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