Tempos difíceis para os amantes do chocolate. Além da alta no preço do cacau, a avelã também ameaça pesar no bolso. Ingrediente essencial do creme de chocolate Nutella, ela já acumula reajuste de mais de 35% desde abril deste ano.
Segundo o portal Uol, a principal causa do aumento é o impacto das mudanças climáticas nas plantações da Turquia, maior produtora de nozes do mundo. Por lá, o quilo passou a custar US$ 4,91 cerca de R$ 27.
A Ferrero, uma das maiores fabricantes da Nutella, sente de perto o efeito da alta, que compromete 25% do abastecimento global de avelãs e 13% da receita. No fim, quem mais sofre é o consumidor, com o preço final mais caro.
Em nota à DW, a empresa declarou: “O grupo Ferrero tem diferentes fornecedores em todo o mundo e, graças à sua estratégia de longo prazo, não enfrenta qualquer interrupção no fornecimento de seus produtos.”
Dados do Conselho Internacional de Nozes e Frutas Secas (INC, na sigla em inglês) mostram que a safra turca deve encolher quase 22%, o equivalente a cerca de 601 mil toneladas com casca. As fortes geadas já provocaram a perda de 167 mil toneladas.
Diante disso, empresas têm buscado avelãs de outros países, como Chile, Geórgia e Estados Unidos. Porém, esses fornecedores também enfrentam queda nas vendas e ainda recebem críticas sobre diferenças no sabor. Além disso, expandir a produção não é rápido: uma árvore leva de cinco a sete anos para frutificar.
Especialistas não estão otimistas e alertam que, caso o cenário não melhore, a escassez pode se tornar o novo normal.
Com informações do BNews.
