Agora, são 40 pessoas indiciadas pela Polícia Federal no inquérito
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (13) mais três pessoas no inquérito que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, elevando o total de indiciados para 40. Os novos indiciados são militares. São eles:
- Aparecido Andrade Portella — suplente da senadora Teresa Cristina (PL-MS);
- Reginaldo Vieira de Abreu;
- Rodrigo Bezerra de Azevedo.
Confira o envolvimento dos novos indiciados na tentativa de Golpe de Estado:
Aparecido Andrade Portela:
Aparecido Andrade Portela, militar da reserva e suplente da senadora Tereza Cristina (PL-MS), é apontado pela Polícia Federal como um dos intermediários entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores das manifestações antidemocráticas.
Ele visitou o Palácio da Alvorada ao menos 13 vezes em dezembro de 2022, reforçando sua proximidade com Bolsonaro, com quem serviu em Nioaque (MS) nos anos 1970.
De acordo com a investigação, Portela utilizava o codinome “churrasco” em mensagens trocadas com Mauro Cid para se referir ao golpe de Estado. Ele mencionou que financiadores estavam cobrando a execução da “ruptura institucional” após contribuírem com recursos, referindo-se a esses valores como “colaboração da carne”.
Reginaldo Vieira de Abreu
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e chefe de gabinete do então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes, é acusado de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral. Ele chegou a levar um hacker à sede da PF em Brasília para tentar formalizar denúncias falsas contra as urnas eletrônicas.
A investigação aponta que Vieira manipulou relatórios das Forças Armadas para alinhá-los com as informações falsas divulgadas pelo argentino Fernando Cerimedo. Ele usava o termo “rataria” para referir-se aos participantes das reuniões clandestinas e defendia que o relatório fosse “no mínimo, alinhado” com as mentiras divulgadas.
Rodrigo Bezerra de Azevedo:
Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército e integrante do Comando de Operações Especiais (Copesp), é acusado de integrar o núcleo operacional do plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. O codinome “Brasil” foi associado a um número de telefone que ele utilizava para ações clandestinas.
A PF encontrou ligações feitas por Azevedo para contas bancárias abertas fraudulentamente em nome de terceiros. Um desses números estava cadastrado no aplicativo Signal no celular do general Mário Fernandes, evidenciando vínculos com outros integrantes da organização criminosa.
Fonte: G1