Em sua coluna, Adelmo Santos aborda o consumo sem limites
Todos os dias acordamos com a sensação de que já estamos atrasados e devendo alguma coisa para alguém, mesmo que estejamos de folga e com as contas em dia. Alguém consegue se ver nesta situação? Se sim, recomendo que leia esse texto com bastante atenção.
Na minha opinião, estamos sempre correndo em busca de mais dinheiro para pagar aquilo que consumimos e não tivemos paciência para planejar ou pensar nas consequências financeiras que estão associados a essa nova aquisição. Quando se compra um carro, além das prestações mensais, levamos de brinde os custos das manutenções, dos impostos, do seguro, os custos com o combustível e o custo da flanelinha (mais barato do que os estacionamentos). Já parou para pensar nisso?
Como já escrevi em outros momentos, infelizmente a nossa educação nos orienta ao consumo, a CORRER (consumir) MAIS E PENSAR MENOS. E é nessa correria que acabamos nos comprometendo financeiramente com coisas que, talvez, não sejam nem tão necessárias e aceitamos “meter mão” em nossas reservas. Ou pior: nos endividamos e entramos diretamente neste círculo vicioso de ter que correr sempre em busca de mais dinheiro, para pagar as faturas no dia certo. Tudo isso, sob pena de piorar a situação e tendo que quitar os benditos juros do cheque especial ou do cartão de crédito.
O consumo por si só não é nenhum problema. Muito pelo contrário. É o consumo que faz a economia girar e surgir as oportunidades de crescimento da economia, maior geração de postos de trabalho e fortalecimento da sociedade. Imagine se todos parassem de consumir? Não teríamos dinheiro circulando e a economia entraria em colapso.
O problema começa quando o consumo é feito de forma descontrolada ou pouco ponderada. Normalmente, é uma consequência do hiper estímulo de consumo ou necessidade de aceitação social que leva o indivíduo a adquirir bens que não agregam nenhum valor prático para sua vida ou formação de economia futura, mas que dizem que é bom. E se você não tem um desses bens, é sinal de que você não tem condições. O “celular bom é o da fruta” ou “carro bom mesmo é o que tem um cavalinho no capô” e por aí vai… mesmo que todos os outros celulares façam ligação ou se todos os outros carros te levem de forma segura e confortável aos destinos.
Na minha opinião, para sairmos deste ciclo destrutivo e de escravização econômica, temos que entender que é MENTIRA essa conversa que só seremos felizes se tivermos isso ou aquilo. É preciso entender que tomar decisão sobre pressão é ruim, principalmente na relação de consumo; Compreender de uma vez por todas que os vendedores são remunerados pelos resultados das vendas, por isso, eles usarão as mais variadas técnicas de venda para te pressionar a decidir pela compra sem pensar. Vai dizer que você nunca passou por uma situação em que o vendedor te disse: “Essa oportunidade é única!”. “Se não fechar agora, eu não consigo garantir essa oportunidade outro dia!”. Ou: “Você pode pensar o tempo que quiser, MAS tem uma fila de espera e só estou segurando a oportunidade porque é você”. Será mesmo?
Então, se você quer possuir uma reserva para o futuro ou não correr o risco de se arrepender da compra realizada, ou se complicar todo com o cheque especial e/ou juros do cartão, PARE DE CORRER E PASSE A PENSAR NO QUE ESTÁ FAZENDO COM SEU DINHEIRO. Todos os dias o mundo oferece mil oportunidades e cabe a você fazer as suas escolhas e não ficar reagindo a todo e qualquer estímulo, o dinheiro é seu e o controle dele também é!
Boa…me identifico!
Parabéns, Adelmo!!! Uma reflexão excelente, para os tempos atuais! Texto de linguagem leve que nos faz refletir, tamanha importância do conteúdo textual!
Gratidão!!!!!??????????????
Como sempre claro e preciso nas palavras!!!! Pensar mais e consumir com mais conciência!!!
Parabéns, ótimas reflexões.