Na noite da última segunda-feira (8), na estreia do Big Brother Brasil 2024, mais oito novos participantes entraram na casa mais vigiada do país.
Desses, seis foram escolhidos pelos participantes já confinados, anunciados na última semana, e os outros dois, escolhidos pelo público, que nas redes sociais, destacou que a maior parte deles está ‘fora dos padrões’.
Agora, o baiano Davi de 21 anos, está no BBB 24 por escolha do público. De Salvador, o mais novo brother é motorista de aplicativo e pretende usar o dinheiro do prêmio para se formar em Medicina.
Por escolha dos participantes, Raquele, de 22 anos, também vai disputar o prêmio. A capixaba já se inscreveu no reality outras vezes, toca violão, e declarou ser fã do economista e ex-BBB Gil do Vigor.
Além dela, Thalyta também foi escolhida pelos participantes. A advogada criminalista de 26 anos é de Contagem, Minas Gerais, e também se declara muito fã do reality, que se inscreve desde 2017. Ela trabalha desde os 14 anos, e também declara ser fã de Gil do Vigor.
O carioca Lucas Henrique, também está na disputa. Morador do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, Lucas é apaixonado pela Capoeira e é professor de educação física. Também é especialista em Relações Étnico-raciais e mestrando em educação.
Apesar da comemoração do público, algumas pessoas questionaram os novos participantes. A ex-BBB Bárbara Heck, foi uma delas. “Falou que é favelado: já ganhou“, escreveu ela no X (antigo Twitter). Depois de muitas críticas, ela apagou o tweet afirmando que haviam descontextualizado suas palavras, e negando ser preconceituosa.
Em resposta, a jornalista Maíra Azevedo falou sobre a dificuldade de pessoas consideradas parte do padrão, como a ex-BBB que é branca e loira, não serem escolhidas.
“Sim gente, o problema nem é ser padrão… é ter dificuldade para elaborar uma resposta simples, para uma pergunta mais simples ainda! “Você gosta de se divertir como?” E a pessoa não consegue falar nada. Não adianta malhar, fazer lipo e não entregar nada!“, escreveu ela, também no X.
Conheça todos os participantes negros da edição:
Leidy Elin:
Leidy Elin tem 26 anos e é de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Quando tinha oito anos e com o falecimento de seu pai, sua mãe passou a criá-la sozinha e foi neste período que começaram a ter dificuldades financeiras. Para ajudar a família, trabalha desde os 14. Sua primeira profissão foi a de manicure e, na mesma época, aprendeu a fazer cabelos e sobrancelha.
Hoje, para pagar a faculdade de Direito e complementar a renda de casa, é operadora de caixa e trancista. Quando necessário, vende copos em estádio de futebol. “Faço de tudo um pouquinho. Se tem dinheiro, eu estou indo”, diz. Foi noiva por cinco anos, mas está solteira desde que descobriu que foi traída.
Sua diversão favorita são rodas de pagode e baile charme. Considera-se compreensiva, comunicativa e conta que faz amigos facilmente, mas admite que não gosta de levar “nãos”.
O lado explosivo aflora quando precisa lutar por seu ponto de vista, segundo ela. “Eu não faço a ‘boa moça’ para ninguém. Nem para a minha mãe, que sabe a filha que tem”, declara. Fala que ama cozinhar, mas arrumar a casa não está entre suas tarefas prediletas.
Acredita que seu jeito reto e debochado de falar pode afastar alguns, mas não se preocupa: “Acham que eu sou espalhafatosa. Eu não estou nem aí, amigo de todo mundo não é amigo de ninguém”.
Maycon COSMER:
Maycon tem 35 anos e é natural de Tijucas, Santa Catarina. Trabalha como cozinheiro escolar em Balneário Camboriú. Saiu de casa aos 16 anos para estudar em um colégio interno na cidade onde vive atualmente.
Casou-se aos 20 anos e, logo depois, iniciou a graduação em Jornalismo, profissão que exerceu por um tempo até perceber que não era o que realmente queria. Foi o primeiro dos seis irmãos a se formar no ensino superior.
Também cursou a faculdade de História e estagiou voluntariamente em um colégio, ensinando crianças a ler e a escrever. Foi lá que se encantou pela cozinha, que considera o coração da escola. Fez concurso para trabalhar como cozinheiro em uma creche e se apaixonou pelo ofício.
“Sou alguém que faz comida, que traz carinho e afeto através das panelas”, declara Maycon, que se considera uma pessoa agregadora. De alto-astral, gosta de festas e seu hobby é participar de bailes de rodeio. Com seu jeito acelerado, diz incomodar-se com quem é mais devagar.
Lucas Pizane:
Lucas Pizane, de 22 anos, nasceu em uma vila de pescadores em Itaparica, na Bahia. Mudou-se com a família para Salvador ainda na infância. Em função do trabalho da mãe, educadora, conseguiu bolsas em boas escolas.
“Minha mãe sempre foi meu alicerce. A educação a salvou e ela lutou para que eu trilhasse a mesma carreira acadêmica”, conta ele, que também se encontrou na música – hoje é cantor e estudante de Produção Cultural.
O baiano, que já integrou duas bandas regionais, destaca que carrega a cultura de seu estado no peito e tem o desejo de levar sua arte para o resto do mundo. Atualmente, faz shows solo pelas noites de Salvador e cria conteúdo para as redes sociais.
Extrovertido, espontâneo e sincero: assim se define. “Sou um cara muito boa-praça e isso, às vezes, acaba sendo um problema para mim quando preciso me posicionar”, ressalva. Lucas conta, ainda, que é expansivo e que gosta de se sentir amado e de estar sob os holofotes. Sobre estar solteiro, brinca: “Meu erro é amar demais”.
Marcus Vinicius:
Marcus Vinicius é natural de Belém do Pará e tem 30 anos. Já cursou parte de uma graduação em Terapia Ocupacional, da qual desistiu após um intercâmbio de dois anos nos Estados Unidos. Quando voltou ao Brasil, passou a dar aulas particulares de inglês e, por indicação de uma aluna, fez uma especialização na área de aviação.
Há cinco anos mudou-se para a cidade de Guarulhos, em São Paulo, para trabalhar em uma companhia aérea e exercer sua profissão de comissário de voo. Também é formado em Marketing e estuda atuação e canto. Foi criado pela mãe e pela avó e lembra que precisou trabalhar bastante para conseguir melhorar de vida.
Considera-se alegre, teimoso e focado, apesar da inquietude, que também destaca como característica, já que está em busca de realizar seus sonhos. Está solteiro e revela ser o equilíbrio perfeito entre razão e emoção. Diz que é corajoso, determinado e está sempre disposto a dar a cara a tapa e enfrentar todas as situações de peito aberto.
Declara que posicionamento e opinião não lhe faltam. Afirma, ainda, ter uma liderança nata quando em grupo, embora tenha dificuldade de respeitar o tempo do outro. “Gosto de lidar com as pessoas e de resolver B.O.”, comenta, apontando uma qualidade.
Giovanna MARINHO:
Alagoana de Maceió, Giovanna tem 24 anos e é assistente social. Nasceu em um bairro periférico de sua cidade e vem de uma família predominantemente feminina.
Na infância, tinha o hábito de catar sururu para comer. Trabalha desde os 12 anos e, em busca de uma boa situação financeira, já desempenhou diversas funções em shopping, restaurante, supermercado e academia. Casada, está junto com seu companheiro há dez anos.
Admite que, no dia a dia, é uma pessoa espaçosa e um pouco desatenta. Mas garante que não passa despercebida: fala alto, é comunicativa, alto-astral, engraçada e muito transparente.
“O BBB é a minha única oportunidade de ter milhões na conta e saber se as pessoas gostam ou não de mim”, brinca ela, que ainda conta ter a expectativa de despertar identificação no público enquanto estiver confinada no programa.
Rodriguinho:
O cantor, compositor e produtor Rodriguinho nasceu em Bauru, em São Paulo, e tem 45 anos. Começou na música aos 10 anos, no grupo infantil Toca do Coelho. Mais tarde, entrou para Os Travessos e ficou nacionalmente conhecido pelos sucessos da banda nos anos 1990.
Passou pela morte do pai dias antes de estourar no cenário musical. Em 2004, deixou o grupo para seguir carreira solo. A partir de então, lançou diversos álbuns e gravou DVDs. Graças à carreira, também teve a oportunidade de viver experiências em outras áreas, incluindo a participação em um dos filmes da Xuxa e na novela ‘O Clone’. “A única coisa que faltava na minha vida era um reality show”, destaca.
Casado, Rodriguinho tem cinco filhos e duas netas. Apesar de sua profissão colocá-lo sempre em ambientes muito agitados, ele diz gostar mesmo é de ficar em casa.
“Sou muito caseiro. Se não estou fazendo show, estou em casa. Até o estúdio é dentro da minha casa”, comenta. Calmo, porém bastante sociável: é como se apresenta o cantor. “Quando criança, eu era o organizador de festas, sempre fui o produtor da galera. Adoro fazer amizades”, diz ele, que também aponta que é sincero, mas que consegue falar o que quer sem ofender. Afirma, no entanto, que não lida bem com quem quer sempre ser o centro das atenções.
Lucas Luigi:
Lucas Luigi tem 28 anos e é natural da capital do Rio de Janeiro, mas considera-se “cria da Baixada Fluminense”. Trabalha com o pai em sua empresa de instalação de pisos durante o dia e, à noite, assume a função de vendedor em uma loja de vestuário.
Frequentador do Baile Charme de Madureira, aprendeu ainda na infância a gostar de dançar com o avô, e teve os primeiros contatos com os passos coreografados vendo performances de Michael Jackson pela TV. Chegou a participar de batalhas de dança, mas, atualmente, não exerce o talento como profissão. É casado há seis anos e tem um filho de três anos.
Nas horas vagas, seus hobbies são soltar pipa, ouvir música, dançar e estar com quem ama. “Gosto muito de curtir minha família”, conta. Considera-se um “preto nerd” por gostar de animes, quadrinhos e filmes. Diz ser extrovertido e muito comunicativo, e destaca ter facilidade para conviver com todo o tipo de pessoa.
Declara que o fato de ser “desenrolado” o ajuda a chegar fácil nos lugares. Apesar disso, adianta que situações de preconceito o tiram do sério: “Vou bater de frente firme. Uma coisa que aprendi foi a usar as palavras”.
Fonte: Mundo Negro e Notícia Preta.
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