No programa desta apresentação, a Orquestra promove um diálogo com o mês da consciência negra, com obras de dois compositores baianos negros
A Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) realiza nesta sexta-feira (15), feriado de Proclamação da República, às 18h, a quarta edição do OSBArris, projeto em que a OSBA ocupa com música sinfônica o Quadrilátero da Biblioteca Central do Estado da Bahia.
Sob a regência do maestro Carlos Prazeres, esta edição do OSBArris contará com solistas de destaque do canto lírico nacional: a soprano paulista Marly Montoni, a mezzo-soprano mineira Edineia Oliveira, o tenor carioca Geilson Santos e o barítono mineiro David Marcondes. A entrada será feita pela doação de um quilo de alimento não perecível para o programa Bahia Sem Fome, com acesso sujeito à lotação do espaço.
No programa desta apresentação, a Orquestra promove um diálogo com o mês da consciência negra, com obras de dois compositores baianos negros da música de concerto: a “Abertura Nº 6”, de Damião Barbosa de Araújo (1778-1856); e as “As Belas Bahianas: Quadrilha de Contradanças”, de Domingos da Rocha Mussurunga (1807-1856). O repertório ainda traz excertos da ópera “Porgy & Bess”, composta pelo estadunidense George Gershwin em 1935 e que ficou famosa por juntar características da ópera tradicional com a música folclórica norte-americana negra (em especial o jazz e o blues), além de contar na sua estreia apenas com intérpretes afro-americanos.
Esta é a quarta edição do OSBArris, projeto criado pelo maestro Carlos Prazeres visando unir a música sinfônica à rica tradição cultural dos Barris, bairro central e histórico de Salvador onde fica a primeira biblioteca pública do Brasil e da América Latina, palco desta apresentação. “Nesta edição, além de destacar a obra marcante de Gershwin, o Porgy and Bess, temos a honra de homenagear compositores negros baianos, como Damião Barbosa de Araújo e Mussurunga. É uma forma de reafirmar a importância da representatividade e celebrar o talento que constrói nossa identidade musical”, afirma o maestro.
Sobre a Osba: A Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) foi criada em 30 de setembro de 1982 e faz parte do corpo artístico do Teatro Castro Alves. Em abril de 2017, seu processo de publicização foi consolidado, passando a ser gerida pela Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA), uma entidade sem fins lucrativos qualificada como Organização Social (OS). A OSBA continua sendo um corpo artístico público, sendo mantida com recursos diretos do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura (Secult-BA) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb).
15/nov (sexta) | OSBARRIS –
Horário: 18h
Local: Quadrilátero da Biblioteca Central do Estado da Bahia (Barris)
Ingressos: 1kg de alimento não perecível (doação para o Programa Bahia Sem Fome)
Regência: Carlos Prazeres
Solistas: Marly Montoni (soprano), Edineia Oliveira (contralto), Geilson Santos (tenor) e Davi Marcondes (barítono)
Programa:
D. Barbosa de Araújo – Abertura nº 6
D. R. Mussurunga – As Belas Bahianas: Quadrilha de contradanças
G. Gershwin – Excertos da Ópera Porgy and Bess:
Summertime/ A woman is a sometime thing/ My man’s gone now/ The Promise’ Lan’/ I got plenty o’nuttin/ Bess, you is my woman now/ Oh, I can’t sit down/ I ain’t got no shame/ It ain’t necessarily so/ There’s a boat dat’s leavin’/ Lawd, I’m on my way