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Naufrágio da embarcação Cavalo Marinho I completa 6 anos nesta quinta (24)

Maioria dos pedidos de indenizações é de, em média, R$ 100 mil

Nesta quinta-feira (24), a tragédia de Mar Grande, onde a lancha Cavalo Marinho I naufragou na Baía de Todos-os-Santos, completa 6 anos. A empresa que operava a embarcação envolvida no naufrágio, que ocasionou na morte de 19 pessoas e 59 feridos, permanece oferecendo o serviço de travessia entre a capital e a ilha apesar da Marinha ter cancelado o registro de armador da empresa CL Transportes,

Ainda que, em 2020, Lívio Garcia Galvão Júnior, proprietário da CL Transportes Marítimos – dona da embarcação Cavalo Marinho I –, e Henrique José Caribé Ribeiro, engenheiro responsável técnico pela embarcação, tenham sido condenados por negligência pelo Tribunal Marítimo, as famílias e sobreviventes continuam sem respostas da Justiça.

Lívio foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 10.860, a ser corrigido pelo setor de execução do Tribunal Marítimo. Já Henrique José foi penalizado com a interdição do exercício da função de responsável técnico em todas as Capitanias dos Portos do Brasil pelo período de cinco anos.

O comandante da embarcação, Osvaldo Coelho Barreto, foi indiciado por imprudência, mas não foi considerado culpado durante o julgamento.

Além das 19 vítimas no dia do naufrágio, outra pessoa morreu em 2018 em decorrência da depressão e do estresse pós-traumático (distúrbio caracterizado pela dificuldade de recuperação após vivenciar um acontecimento violento e/ou impactante). A família de Adailma Santana Gomes ainda luta para que ela seja reconhecida como a 20ª vítima da tragédia.

Após quatro anos da tragédia, em 2021, os representantes da CL Transporte participaram, pela primeira vez, de uma audiência de conciliação mas o valor oferecido teria sido muito abaixo do esperado pelos sobreviventes e familiares.

Para isso, a empresa alegou a Defensoria Pública que os valores indenizatórios eram altos. A decisão levou os defensores a ingressar, por três vezes, com pedido de medida cautelar para indisponibilizar os bens da CL Transportes, além de solicitação para bloquear 20% das verbas da empresa para assegurar os pagamentos indenizatórios.

Entretanto, o pedido de indisponibilidade dos bens não foi autorizado e o bloqueio das verbas foi de apenas 5%, mensalmente, para garantir o pagamento das indenizações. A CL Transportes nunca depositou os valores determinados judicialmente.

Os processos de indenização são por danos morais e materiais, já que a maioria dos sobreviventes também perdeu pertences na tragédia. A maioria dos pedidos de indenizações é de, em média, R$ 100 mil.

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