Esquadrão sai atrás no placar, reage no segundo tempo e segue em fase positiva no Brasileirão
O clássico nordestino entre Fortaleza e Bahia reservou equilíbrio, tensão e rivalidade na 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na tarde deste sábado (19), na Arena Castelão, o Tricolor baiano saiu atrás no placar, mas reagiu no segundo tempo e arrancou um empate por 1 a 1, mantendo a boa fase sob o comando de Rogério Ceni.

O duelo também marcou a estreia de Renato Paiva à frente do Leão do Pici, justamente contra o clube que comandou em 2023.
Mesmo jogando fora de casa, o Bahia mostrou poder de reação e conseguiu pontuar mais uma vez, ampliando sua sequência positiva. Agora, são quatro triunfos e um empate nas últimas cinco partidas.
Do outro lado, o Fortaleza voltou a mostrar dificuldade para segurar resultados e viu o jejum de vitórias se estender: já são 10 jogos seguidos sem vencer.
O time cearense largou na frente com um golaço de Marinho, mas não sustentou a vantagem. Com o Bahia superior na segunda etapa, Rodrigo Nestor igualou o placar que selou o resultado.
O jogo:
O Fortaleza iniciou melhor a partida e aproveitou o mando de campo para pressionar o Bahia desde os primeiros minutos.
Com mais intensidade e presença ofensiva, a equipe cearense chegou a registrar 70% de posse de bola, mas teve dificuldade para transformar o domínio em lances de real perigo contra Marcos Felipe.
O Bahia, por sua vez, tentou equilibrar as ações apostando no estilo de jogo que caracteriza o trabalho de Rogério Ceni: construção com posse, paciência e organização.
A proposta, no entanto, esbarrou na imprecisão. A equipe cometeu muitos erros de passe e demorou a encaixar suas transições ofensivas.
Depois dos 20 minutos, o Tricolor baiano passou a incomodar mais. David Duarte teve boa chance de cabeça após escanteio, e pouco depois, Lucho Rodríguez recebeu em ótima condição após erro do Fortaleza na saída de bola.
O atacante optou pela finalização, mesmo com Ademir livre ao lado, e mandou para fora, desperdiçando a melhor chance do Esquadrão na primeira etapa.
A resposta do time da casa foi imediata. Aos 29 minutos, Marinho acertou um belo chute de fora da área e abriu o placar com categoria, sem chances para Marcos Felipe.
O camisa 11, ex-jogador do Vitória, foi um dos destaques do primeiro tempo, assim como Matheus Pereira, que comandou o meio-campo com precisão nos passes e bom posicionamento.
O Fortaleza quase ampliou aos 37, quando Breno Lopes carimbou a trave em arrancada veloz. No rebote, Marinho mandou para fora.
Ainda antes do intervalo, Lucho teve nova chance clara, mas finalizou nas mãos do goleiro. A primeira etapa terminou com o Bahia desconectado e pouco efetivo, enquanto o Fortaleza se mostrou mais coeso e eficiente.
Rogério Ceni deixou o campo visivelmente insatisfeito. Já Renato Paiva demonstrava confiança no desempenho da equipe cearense.
Na volta do intervalo, o Bahia demonstrou outra postura. Rogério Ceni promoveu a entrada de Cauly no lugar de Lucho Rodríguez, e o time ganhou em qualidade técnica no meio-campo.
Mais ligado em campo, o Tricolor passou a ter maior volume ofensivo e presença no terço final.
Aos 13 minutos, Everton Ribeiro quase empatou ao acertar a trave. Logo em seguida, aos 14, o camisa 10 apareceu de novo para completar de cabeça um cruzamento preciso de Ademir e balançar as redes.
A arbitragem, no entanto, anulou o gol após revisão no VAR. O árbitro Wilton Pereira Sampaio assinalou falta de Mingo na origem da jogada, frustrando a reação tricolor no melhor momento do time na partida.
O Bahia seguiu melhor no jogo, dominando as ações e ficando perto de igualar o placar. O Leão do Pici tentava responder em contra-ataques, mas pecava na conclusão das jogadas.
Ex-jogador do Fortaleza, Caio Alexandre foi vaiado pela torcida ao ser substituído por Rodrigo Nestor. Rogério Ceni ainda acionou Kayky e Michel Araujo, que vêm contribuindo com participações em gols quando entram no segundo tempo.
O empate veio aos 34 minutos, em lance construído por uma grande jogada de Ademir. O ponta arrancou pela intermediária e passou por boa parte da defesa adversária até ser parado com falta frontal à área.
Na cobrança, Nestor acertou a barreira, mas pegou o rebote e contou com o desvio para deixar tudo igual na Arena Castelão: 1 a 1.
O final da partida foi movimentado e cheio de reclamações com a arbitragem, dos dois lados. No fim das contas, o resultado se manteve: mais um ponto na classificação para as duas equipes.