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Morre Louis Gossett Jr., primeiro homem negro a vencer prêmio de melhor ator coadjuvante no Oscar

Artista recebeu premiação por seu papel em “A Força do Destino” (1982) e teve último trabalho nos cinemas no remake musical de “A Cor Púrpura”

Foto: HBO/Divulgação

Louis Gossett Jr., primeiro homem negro a vencer um Oscar de melhor ator coadjuvante, morreu aos 87 anos nesta sexta-feira (29). A informação foi confirmada por seu primo Neal L. Gossett à Associated Press.

A causa da morte não foi divulgada, mas em 2010 o ator afirmou que tratava um câncer de próstata. Na época ele disse que a doença estava em estágio inicial. O ator deixa dois filhos. Com informações de Metro1 e Lusa.

O ator interpretou o sargento Emil Foley em “A Força do Destino” (1982), de Taylor Hackford, papel que lhe concedeu um Oscar no ano seguinte. Ele foi o segundo homem negro a ganhar um prêmio de atuação da Academia, seguindo Sidney Poitier, em 1964, pelo filme “Uma Voz nas Sombras”.

Para o papel, Gossett passou 30 dias treinando com fuzileiros navais. “Eu sabia que tinha que me submeter a pelo menos algum grau dessa transformação abrangente”, Gossett escreveu em sua biografia lançada em 2010, “An Actor and a Gentleman” –Um Ator e um Cavalheiro em tradução livre.

A carreira de Louis Gossett Jr. teve início na Broadway. O começo de sua vida na arte é contada em sua biografia, em que é relatado que sua primeira vez nos palcos foi em 1953, aos 16 anos, depois de se afastar do basquete por ter sofrido uma lesão.

Além do Oscar, o ator ainda ganhou um Emmy por sua atuação na série “Raízes”, em 1977. Outras obras marcantes em sua carreira foram “Águia de Aço” (1986) e “Os Aventureiros do Fogo” (1986).

Seu último papel foi no remake musical de “A Cor Púrpura”, lançado no início do ano no Brasil, onde deu vida ao Velhor Senhor Johnson, pai do antagonista da trama e responsável por criar tensões familiares.

Gossett era, segundo seu primo, um grande contador de piada e um homem que enfrentava o racismo com dignidade e humor. “Não importam os prêmios, não importam o brilho e o glamour, os Rolls-Royces e as grandes casas em Malibu. É sobre a humanidade das pessoas que ele defendeu”, disse.

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