Seguidores do ex-presidente que estavam no ato golpista de 8 de janeiro também serão investigados
Nesta quinta-feira (10), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que as redes sociais em que o ex-presidente, Jair Bolsonaro, possui conta, devem enviar à Procuradoria-Geral da República (PGR) as postagens feitas pelo antigo mandatário.
As publicações remetidas serão aquelas em que Bolsonaro fala sobre eleições, urnas eletrônicas e temas relacionados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Supremo Tribunal Federal (STF) e às Forças Armadas.
As postagens serão inseridas na apuração sobre eventuais manifestações de Bolsonaro a favor dos atos golpistas de 8 de janeiro. A decisão deverá ser cumprida pelo Facebook, Instagram, LikedIn, TikTok, Twitter (atual X) e YouTube.
O ex-presidente foi incluído na investigação após publicar, no dia 10 de janeiro, um vídeo que questionava a legitimidade do resultado das eleições de 2022. A postagem foi apagada após a repercussão do caso, mas Moraes determinou que as plataformas preservem o material.
As redes também deverão confirmar se 244 investigados pelos atos golpistas são seguidores de Bolsonaro e respostaram mensagens do ex-presidente.
No mês passado, a PGR esclareceu o pedido de acesso aos dados e afirmou que o caso não envolve todos os seguidores de Bolsonaro, mas somente investigados nos atos de 8 de janeiro.