Caso o ministro conclua que Cid mentiu ou omitiu em sua colaboração premiada ele pode voltar à prisão
O tenente-coronel Mauro Cid será ouvido nesta quinta-feira (21) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em audiência que tratará de contradições entre a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e a descoberta sobre um plano de golpe de Estado, em que seriam assassinados o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio magistrado. Será a primeira vez que Moraes, relator do caso, conduzirá pessoalmente o depoimento.
Conforme informações do Metro1, já havia prestado depoimento para esclarecer outro tema. Na terça-feira (19), o militar esteve na sede da Polícia Federal (PF) para esclarecer dados recuperados de dispositivos eletrônicos que haviam sido apagados. Caso o ministro conclua que Cid mentiu ou omitiu informações em sua colaboração premiada, a delação poderá ser revogada, com risco de ele voltar à prisão. Em março deste ano, Cid já havia sido preso por descumprir medidas cautelares e obstruir investigações.
Na mesma terça-feira, a PF, com autorização de Moraes, prendeu quatro militares e um policial federal suspeitos de participar de um plano golpista. De acordo com as investigações, o grupo teria elaborado um documento detalhando ações para um golpe de Estado, incluindo planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Moraes.