O Relatório Mundial Social de 2025, divulgado pelas Nações Unidas (ONU) na última quinta-feira (24), aponta que atualmente, mais de 690 milhões de pessoas vivem em pobreza extrema no mundo. O documento aponta, segundo a ONU News, que essas pessoas vivem com menos de US$ 2,15 por dia.

O relatório também indica que outras 2,8 bilhões em todo o globo, vivem com rendas entre US$ 2,15 e US$ 6,85 por dia, o que “as torna extremamente vulneráveis a qualquer choque externo”. Apesar dos países chamados de subdesenvolvidos serem os maiores alvos de procupação, os chamados desenvolvidos também enfrentam situações preocupantes, com os empregos temporários, de meio período ou na chamada “economia dos bicos”.
Além disso, o documento também alerta para a influência da crise climática na manutenção da desigualdade. O relatório afirma, segundo a ONU News, que apesar dos 50% mais pobres do mundo serem responsáveis por apenas 12% das emissões de carbono em todo o globo, 75% deles são atingidos pelas perdas relativas de renda por conta de eventos climáticos extremos, como enchentes e calor intenso.
Para mudar essa realidade, o texto propõe mudanças a partir da elaborações de políticas públicas e sociais, mas não apenas nisso. “O relatório argumenta que a situação atual não é sustentável e que o momento exige transformações estruturais em políticas, instituições e mentalidades. A Segunda Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social, marcada para 2025, é apontada como uma oportunidade crucial para transformar essas propostas em compromissos concretos“.
A desigualdade e a concentração de renda já foi apontada por outro estudo. No início deste ano, um relatório da Oxfam apontou que no último ano, surgiram novos bilionários no mundo, e os mais ricos, começaram a enriquecer ainda mais rápido.