Segundo dados divulgados pelo Sebrae, 82% das mulheres empreendem por necessidade
Geralmente, uma pessoa começa a empreender por dois motivos: o 1° é por vontade própria e o 2° é por necessidade. De acordo com um levantamento realizado pelo Sebrae (2023), 82% das mulheres empreendem por necessidade. E é neste quesito que se encaixou a gerente financeira e empreendedora, Jaqueline Queiroz, ao montar o seu próprio negócio: o Bolo da Lulu.
Após ser demitida do seu antigo emprego, a confeiteira viu no hobbie da mãe – a confecção de bolos caseiros – uma chance de reverter a sua situação. Primeiro, Jaqueline e sua mãe, Maria de Lourdes, começaram vendendo bolos caseiros para os colegas do antigo trabalho e na rua. Em seguida, as duas perceberam que precisavam estudar e se matricularam em um curso de bolos.
“Depois que fizemos o curso, começamos a profissionalizar a marca e criamos nossa conta no instagram. Hoje temos uma variedade de produtos como cesta de café da manhã, caixinhas personalizadas, lembranças de festas, além de bolos e salgados.”, relata Jaqueline.
Criar o seu próprio negócio não é fácil, mas há benefícios. Com uma maior flexibilidade de horários, muitas mulheres têm apostado no empreendedorismo, como modelo principal de trabalho, com o objetivo de ter mais tempo com os filhos, é o caso de Renata Lago, idealizadora da Dudendê, uma empresa especializada em delivery de comidas de tabuleiro congelada e in natura.

É coisa de mulher
A frente da Dundendê, Renata expandiu seu negócio e, hoje, envia para todo o Brasil, através do congelamento dos produtos. “Tudo é comercializado prioritariamente congelado, basta aquecer por alguns minutos e consumir. Com isso também alcançamos pessoas que não residem na Bahia e que sentem saudade da nossa culinária.”, explica a chefe.
Ainda de acordo com dados do Sebrae, no Brasil existem 52 milhões de empreendedores, dessas 32 milhões são mulheres. Mesmo representando uma parcela significativa da população, as mulheres encontram vários desafios na jornada do empreendedorismo, segundo Jaqueline, uma das dificuldades é conseguir linhas de crédito e a importância de aprender sobre educação financeira.
“É preciso buscar conhecimento, se qualificar, para poder ter uma noção sobre custos e metas. Acho que a maior dificuldade, hoje, para o empreendedor é o dinheiro, é em conseguir crédito. Muitos empreendedores também têm uma noção errada e não sabem separar o dinheiro pessoal do lucro do negócio.”, explica Jaqueline.

Segundo Renata, a maior dificuldade que mulheres enfrentam para empreender é entender o funcionamento de uma empresa como, por exemplo, o pagamento de impostos e o retorno financeiro, além do cansaço de conciliar vida pessoal e profissional.
Mãe solo, Renata precisa administrar o pouco tempo que tem para cuidar do negócio, do filho e das atividades domésticas. “Por muito tempo eu me sobrecarregava com todos os afazeres e me sentia exausta por ficar até tarde para cumprir tudo, além de frustrada quando não dava conta. Atualmente, peço ajuda, principalmente do meu filho. Delegar é a chave da saúde mental da mulher moderna.”, finaliza Renata.