A promessa foi feita nesta terça-feira (10), em uma reunião com prefeitos em Manaus

Em meio as queimadas e secas nos rios da Amazônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a prometer a criação de uma autoridade climática no país. A promessa foi feita nesta terça-feira (10), em uma reunião com prefeitos em Manaus.
“Nosso foco precisa ser a adaptação e preparação para o enfrentamento desses fenômenos [climáticos extremos]. Para isso, vamos estabelecer uma autoridade climática e um comitê técnico-científico que dê suporte e articule a implementação das ações do governo federal”, afirmou Lula em discurso.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o presidente não detalhou metas ou prazos para a criação do órgão, que foi uma de suas promessas de campanha nas eleições de 2022 e determinante no apoio de Marina Silva à sua candidatura. A criação de novas entidades pelo Executivo como é o caso da Autoridade Climática precisa de aval do Congresso.
Neste sentido, a autoridade climática não avançou diante do cenário adverso no Congresso Nacional. O governo queria anunciar a criação do órgão em janeiro de 2023, no entanto, a entidade não apareceu durante a reestruturação da Esplanada na ocasião.
Desde então, o governo acumulou problemas em sua articulação com o Congresso e sofreu derrotas na sua política ambiental, como resultado de pressões de ruralistas e do centrão, que esvaziaram atribuições dos ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, além de avançar projetos como o do marco temporal.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, é vista como entrave para implementação de políticas de interesse do agronegócio, e a FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), com cerca de 300 deputados, é uma das maiores forças da Casa.
A nova indicação de criação da autoridade climática acontece em um momento em que a Amazônia enfrenta um cenário de crise climática, secas em seus principais rios e queimadas em áreas de floresta.
As informações são do jornal Folha de S. Paulo