
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou demitir o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, após operação da Polícia Federal contra fraudes em aposentadorias e pensões. Segundo informações do blog de Andréia Sadi, do g1, o Palácio do Planalto quer evitar que o escândalo afete a imagem do governo.
A demissão do presidente do INSS precisa ser feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Ainda segundo o blog, a informações é de que em breve o ministro deve divulgar uma nota.
Entenda o caso
No início da manhã desta quarta (23), a Justiça Federal determinou o afastamento do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, um dos alvos da operação que a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU).
Batizada de Operação Sem Desconto, a ação mobilizou cerca de 700 policiais federais e 80 servidores da CGU nas investigações sobre um suposto esquema de descontos criminosos de aposentados e pensionistas.
De acordo com a PF, investigadores já reuniram indícios que sugerem a existência de “um esquema nacional de descontos de mensalidade associativa não autorizados em aposentadorias e pensões”.
O cálculo é que as entidades investigadas tenham descontado de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
A Justiça Federal também determinou que outros cinco servidores públicos cujos nomes não foram divulgados sejam afastados de suas funções. Além disso, autorizou o cumprimento de 211 mandados judiciais de busca e apreensão, seis prisões temporárias, além do sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão.
Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.
Quem é Alessandro Stefanutto?
O presidente afastado do INSS é servidor de carreira desde 2000 e, até pouco tempo, era filiado ao PSB. Atualmente, está filiado ao PDT, de Carlos Lupi, responsável por sua indicação ao cargo.
As informações são do blog de Andréia Sadi, do g1 e da Agência Brasil