O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a aliados que irá nomear o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) para a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente comandada por Márcio Macêdo (PT). Segundo informações do jornal Valor Econômico, a articulação para a entrada de Boulos no Governo deve ser oficializada quando o presidente retornar de viagem.
Lula estava na China até o começo desta semana e viajou para o Uruguai, nesta quinta-feira (15), onde participará do velório do ex-presidente do país José “Pepe” Mujica, falecido no último dia 13.
Ainda segundo a reportagem, Lula já teria tratado do assunto com Boulos, mas ainda não houve um convite para que o parlamentar assuma o ministério. Um dos impasses para que Boulos assuma um cargo no governo é que ele teria que abrir mão de disputar um novo mandato em 2026. Isso porque, os ministros que desejem disputar as eleições precisam deixar seus cargos seis meses antes do primeiro turno do pleito.
O nome de Boulos enfrenta ainda resistência dentro do próprio PT e de alas do governo. Isso porque, a indicação do parlamentar do Psol para uma pasta dentro do coração do governo, no Palácio do Planalto.
De acordo com o Valor, Lula estaria incomodado com o sentimento de que estaria governando “sem o povo ao seu lado”. Ou seja, sem a militância nas ruas. O distanciamento de Lula dos movimentos sociais foi alvo de críticas de aliados, já que ele não compareceu a atos de comemoração ao Dia do Trabalhador.
Cobrado a fazer um aceno para se reaproximar das bases, Lula disse em pronunciamento na televisão que o governo estuda eventual apoio ao movimento do fim da escala 6 x 1, que cobra a redução da jornada de trabalho, que vêm ganhando ecos em segmentos da sociedade civil.
Nessa conjuntura, há uma avaliação de que Boulos, como liderança originária dos movimentos sociais, e fundador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), daria novo fôlego ao governo nessa área. As conversas evoluíram depois que ele sinalizou que abdicará de disputar um novo mandato de deputado federal para ficar até o fim do governo, caso assuma o ministério.
As informações são do Valor Econômico
