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Justiça confirma condenação da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner

Kirchner foi condenada a seis anos de prisão e impedida de concorrer novamente a um cargo público

Foto: Agustin Marcarian/Reuters

Um tribunal de apelações federal da Argentina confirmou nesta quarta-feira (13) a condenação da ex-presidente Cristina Kirchner. Ela foi condenada a seis anos de prisão e impedida de concorrer novamente a um cargo público.

A decisão desta quarta, aprovada por unanimidade entre os juízes, confirmou a sentença imposta a Kirchner em 2022. Na ocasião, a ex-presidente, que governou a Argentina entre 2007 e 2015 e foi vice de Alberto Fernández entre 2019 e 2023, havia sido condenada acusada de chefiar uma organização criminosa para desviar dinheiro do Estado durante seu mandato

A defesa da ex-presidente recorreu da decisão ao tribunal de apelações, que manteve toda a pena, que inclui:

  • Seis anos de prisão;
  • Uma multa, que subiu para 85 bilhões de pesos (cerca de R$ 490 milhões);
  • Impedimento vitalício de concorrer a cargos públicos.

Apesar da sentença confirmar a pena de prisão, Kirchner não será presa neste momento, pois, ainda cabe recurso na Suprema Corte da Argentina.

O caso deverá ser enviado à Suprema Corte em um prazo de até dez dias, mas os juízes dessa instância poderão levar anos para analisar e julgar o caso. Caso a defesa de Kirchner recorra, a Suprema Corte só começará a analisar o caso a partir de março do ano que vem.

O caso

Cristina Kirchner foi condenada por favorecer o empresário Lázaro Báez, um empreiteiro da região de Santa Cruz (a província onde os Kirchner começaram sua vida política) que conseguiu 51 contratos para obras públicas. Ela foi inocentada da acusação de associação ilícita.

A ex-presidente foi acusada de chefiar uma associação criminosa e de administração fraudulenta durante o período em que Néstor Kirchner foi presidente (de 2003 a 2007) e durante as gestões da própria Cristina (de 2007 a 2015). De acordo com a acusação, essa organização cometeu fraudes que tiraram US$ 1 bilhão do Estado.

Fonte: G1

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