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Jubileu de ouro: Paulinho Boca de Cantor comemora 50 carnavais em show histórico

Foto: Divulgação/Ascom Secult

Em um espetáculo repleto de emoção e história, Paulinho Boca de Cantor celebrou 50 anos de carnaval no Largo Pedro Archanjo, no coração do Pelourinho, na segunda-feira (3). O cantor e compositor, que foi um dos fundadores dos Novos Baianos em 1969 ao lado de nomes como Pepeu Gomes, Baby Consuelo, Luiz Galvão e Moraes Moreira, reuniu uma multidão de fãs para comemorar sua trajetória e o legado da música baiana.

Paulinho, uma das figuras mais influentes da música no estado, falou sobre sua longa caminhada, repleta de mudanças e movimentos culturais. “Eu posso contar essa história. São 50 anos, peguei todos os movimentos, todas as mudanças. Fico muito feliz mais uma vez, porque o Governo do Estado está dando dignidade para que a gente possa fazer o trabalho”, declarou o pioneiro à Secretaria de Cultura do Governo do Estado.

O cantor, que também se destacou como ativista cultural, relembrou sua estreia solo com o álbum Paulinho Boca de Cantor – Bom de Chinfra e Bom de Amor, no qual colaborou com Gilberto Gil e Luiz Galvão na faixa “Que bom prato é vatapá”. Além de sua carreira solo, Paulinho fundou a ABAI (Associação Baiana de Artistas Independentes) em 1992 e, em 1997, reuniu os Novos Baianos para o lançamento do disco Infinito Circular.

A comemoração no Pelourinho foi marcada por uma forte presença de fãs, incluindo a banda “Outros Baianos”, de Feira de Santana, que se inspirou nos Novos Baianos. Para Tanny Brasil, vocalista da banda, Paulinho e seus colegas sempre foram uma referência, independentemente da geração. “Nós somos os Outros Baianos graças a ele, à Tropicália, ao valor de Paulinho, Pepeu, João Gilberto, Caetano e Gil”, afirmou.

Janno Carvalho, também integrante do “Outros Baianos”, destacou a importância do movimento para a Axé Music, especialmente em relação à campanha do Governo do Estado para celebrar os 40 anos do gênero. “Acho que é um resgate da cultura que surgiu há 40 anos, de todos os artistas que precisam ser valorizados e apresentados à nova geração”, disse.

Paulinho mostrou-se otimista com a renovação da música baiana e citou a banda BaianaSystem como um exemplo de movimento inovador. “O que me marca são esses novos movimentos, como o Axé Music foi no passado. Estamos vendo um movimento muito interessante. O carnaval não pode cair na mesmice, ele precisa se reinventar, a arte tem que estar em movimento”, afirmou, destacando a importância de os artistas criarem e inovarem.

Patrícia Santos, de Minas Gerais, esteve presente para prestigiar Paulinho, embora estivesse vestida com as cores do reggae. “Paulinho Boca de Cantor é uma figura icônica, um grande representante da Bahia. Estou muito feliz de ter chegado aqui e de saber que ele é quem está se apresentando. Quando soube, dei um grito de alegria, porque ele é um artista que eu amo, apresentei ao meu filho e meu filho apresentou a meu neto, ainda muito pequeno”, disse, emocionada.

Durante o show, Paulinho agradeceu ao Governo do Estado, à Secult, à Sufotur e à Bahiagás pelo apoio à realização do evento. Seu repertório foi uma celebração à música baiana, com homenagens a nomes como Carlos Pita, Osmar Macedo e Moraes Moreira, pilares dessa tradição.

Paulinho também se apresentará no último dia de carnaval no Rio Vermelho, reforçando seu papel essencial na história e na renovação da música baiana. A festa no Pelourinho foi mais um capítulo de sua imensa trajetória, marcada pela paixão e dedicação à cultura de sua terra.

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