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Governo cria bolsa para alunos de medicina de baixa renda

O governo federal vai lançar um auxílio mensal para apoiar estudantes de medicina em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa pretende garantir que alunos de cursos credenciados pelo Programa Mais Médicos consigam concluir a graduação mesmo diante de dificuldades financeiras.

Foto: Reprodução

O benefício será concedido apenas a estudantes cadastrados e com o CadÚnico ativo e atualizado. Além disso, é necessário não ter diploma de outro curso superior, não receber a Bolsa Permanência de universidades federais e ter renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 2.277). Alunos de instituições privadas também poderão ser contemplados, desde que possuam bolsa integral na própria instituição.

O valor da bolsa ainda será definido pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mas não poderá ser inferior a R$ 700, equivalente a bolsas de iniciação científica.

Inscrição e critérios de seleção

Os interessados deverão se cadastrar no Sistema de Gestão de Bolsa Permanência (SIBSP), disponível no portal Gov.br, anexando documentos que comprovem a matrícula no curso de medicina autorizado e a renda familiar. Também será necessário assinar um termo de compromisso.

A seleção ficará a cargo das universidades. Os critérios incluem renda familiar, com prioridade para quem ganha menos, e histórico escolar, favorecendo estudantes que cursaram todo o ensino médio em escola pública. Nas universidades federais, a prioridade será para alunos que ingressaram pelo sistema de cotas sociais.

O programa permite acumular a bolsa com outros auxílios, desde que o valor total recebido não ultrapasse 1,5 salário mínimo mensal.

Desigualdade no acesso à medicina

Estudar medicina no Brasil ainda é privilégio de poucos. A graduação exige dedicação integral, tornando quase impossível que estudantes de baixa renda trabalhem paralelamente. Esse cenário impacta principalmente jovens negros, refletindo em um dado preocupante: segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), apenas 3% dos médicos no país são negros.

Programa de Bolsa Permanência do Mais Médicos (PBP-PMM) surge como uma estratégia para reduzir essas desigualdades, permitindo que mais estudantes em vulnerabilidade socioeconômica completem a formação e contribuam para tornar a medicina mais diversa e inclusiva.

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