Atividades serão feitas em Colégios da rede pública e em bibliotecas comunitárias com a temática do Bicentenário da Independência da Bahia no Brasil
Nesta quarta-feira (26), a terceira edição da Festa Literária Arte e Identidade promove sua primeira atividade, em parceria com o Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella, localizado no bairro do Stiep.
Com tema “Nós, Marias Felipas Contemporâneas”, a roda de conversa trará mulheres negras baianas que discutirão ações individuais e coletivas que tensionam e promovem o debate sobre políticas públicas e reparação social dentro de uma perspectiva feminista.
O bate-papo, que também faz parte das celebrações e atividades em torno da 11ª edição do Julho das Pretas, terá mediação de Karla Carvalho, ecofeminista e vice-gestora de escola pública, e a participação de nomes, como Cris Santana, produtora cultural e idealizadora da Festa Literária Arte e Identidade; Camila Parker, mulher trans, ialorixá, secretária dos Direitos Humanos do Partido Verde e representante das “Voluntárias Sociais” em Salvador; e Dalila Oliveira, dançarina, coreógrafa e Deusa do Ébano da edição 2023 do Bloco Afro Ilê Ayê.
Nessa edição do evento, serão realizadas diversas atividades em Colégios da rede pública e em bibliotecas comunitárias com a temática do Bicentenário da Independência da Bahia no Brasil.
Com isso, Cris Santana contou, em entrevista ao Portal Umbu, que o evento visa “trazer a lume as Marias Felipas, as Marias Quitérias e as Joanas Angélicas contemporâneas; um eco de memória e de empoderamento feminino. A Festa Literária coloca-se atenta e comprometida com a oportunidade de promovê-las e de honrar nossas heroínas cotidianas”.
Além disso, ela aproveitou para falar sobre o impacto desse trabalho em jovens leitores.
“Oportunizar nossas juventudes, sobretudo as pretas, acessarem à experiência estética das muitas artes e em especial, a literária, escrita por autoras e autores negras, negres e negros é um ato não só de insubordinação que subverte as práticas coloniais perversas e estruturantes da sociedade nacional. Mas principalmente, um ato de potência, de amor e de validação das narrativas e das performances desses artistas que podem e devem ocupar espaços de representatividade, a fim de descontruir todo um apagamento histórico das identidades negras e racializadas no Brasil”, finalizou Cris.
SERVIÇO
Roda de conversa “Nós, Marias Felipas Contemporâneas”
Quando? 26 de julho, quarta-feira
Onde? Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella – Stiep
Quanto? Gratuito