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Falta de saneamento provocou mais de 340 mil internações em 2024, revela pesquisa

Região Nordeste surge como a segunda em internações por contaminação feco-oral

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Instituto Trata Brasil divulgou, nesta quarta-feira (19), uma pesquisa que revela um índice superior a 344 mil internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado no Brasil em 2024. 168,7 mil casos estão relacionadas a alguma infecção propagada por um inseto-vetor, principalmente a dengue.

Conforme o levantamento, as doenças de transmissão feco-oral (transmitidas peles fezes de um indivíduo infectado), como as gastroenterites causadas por vírus, bactérias ou parasitas, com 163,8 mil casos estão em segundo lugar. A Região Centro-Oeste aparece com o maior número de internações por causa do surto de dengue, 25,5 a cada 10 mil habitantes, enquanto a Região Norte registrou 14,5 internações por doenças de transmissão feco-oral, o dobro da taxa brasileira.

A Região Nordeste registrou uma taxa geral próxima da média brasileira, mas também se destacou negativamente na análise de transmissões feco-orais. Além da região ter a segunda maior taxa de incidência do país, com 12,6 internações a cada dez mil habitantes, no estado do Maranhão, essa taxa chegou a 42,5, seis vezes mais do que a média brasileira.

Apesar de não ser a única causa, essas doenças estão bastante relacionadas à falta de saneamento, já que são resultado da infecção por vírus, bactérias ou parasitas eliminados nas fezes de uma pessoa doente, e que são transmitidas para outras pessoas principalmente pelo consumo de água e alimentos contaminados e pela falta de higienização das mãos.

Em 2024, 64,8% do total de internações foram de pessoas pretas ou pardas. Apesar dos indígenas responderem por apenas 0,8% do total, a incidência entre eles ficou em 27,4 casos a cada dez mil habitantes.

Os dados da pesquisa antecedem o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. O Instituto Trata Brasil estima que o avanço da oferta de água tratada e da coleta e tratamento de esgoto pode reduzir em quase 70% a taxa de internações do país e promover uma economia de R$ 43,9 milhões por ano.

Fonte: Agência Brasil

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