Pedido foi feito por Alexandre de Moraes, do Supremo; investigação apura crimes de prevaricação e violência política, além da interferência nas eleições
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis, durante a investigação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022.
Detido na capital catarinense, Silvinei está sendo levado para Brasília ainda nesta quarta. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na época, ele comandava a corporação responsável pelas blitzes que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.
A prisão do ex-diretor-geral ocorreu no âmbito da Operação Constituição Cidadã, que ainda cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.
São alvos da operação os seguintes membros e ex-membros da PRF:
- Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência;
- Rodrigo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;
- Wendel Benevides, ex-corregedor-geral;
- Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
- Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional;
- Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e
- Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.
A operação também contou com o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, que determinou também a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
Segundo informações apresentadas durante a exibição do Conexão GloboNews desta quarta-feira (9), além da operação da PF, o Tribunal de Contas da União (TCU) também aprovou a solicitação de inspeção nas ações da Polícia Rodoviária Federal, dessa vez por suspeita de uso indevido de recurso público.