Acordo foi celebrado em dezembro de 2004 e foi supervisionado, checado e monitorado por Moro ao longo dos anos
Documentos que estavam sob sigilo na 13ª Vara de Curitiba, revelam que o senador Sérgio Moro (União Brasil – PR) corroborou um acordo de colaboração premiada que previa grampear, monitorar e levantar provas contra colegas da magistratura paranaense que tinham foro privilegiado e estavam fora da sua alçada enquanto juiz federal.
As informações são do blog da Daniela Lima do portal G1. O senador afirma que a acusação é infundada e que não existem gravações de pessoas com foro no processo.
Ainda segundo o blog, o acordo foi celebrado em dezembro de 2004 e foi supervisionado, checado e monitorado por Moro ao longo dos anos.
O documento foi enviado pelo delator ao Supremo Tribunal Federal, mostra que o acordo previa que o réu utilizasse escutas ambientais em encontros e conversas com políticos e juristas para obter informações sobre desembargadores do Paraná e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O delator da ocasião era um ex-deputado estadual conhecido como Tony Garcia. O ex-parlamentar só obteve acesso legal aos termos que indicavam sua atuação como informante de Moro recentemente, quando o juiz Eduardo Appio, assumiu a 13ª Vara e retirou sigilo que existia há quase 20 anos sobre os autos.
No processo, remetido ao STF com a intenção de anular todos os efeitos do processo de Moro contra Tony. Há registros até de conversas telefônicas do ex-juiz com o réu, cobrando a entrega das tarefas que haviam sido estabelecidas no acordo legal.