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EUA vetam pedido por cessar-fogo em Gaza pela 3ª vez

País norte-americano bloqueou resolução da Argélia na ONU alegando entre Israel e na ONU novo pedido de ‘cessar-fogo imediato’ em Gaza

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, durante a votação desta terça-feira (20), no Conselho de Segurança | Foto: Media/ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) teve um novo projeto de resolução do conflito entre Israel e Hamas vetado pelos Estados Unidos nesta terça-feira (20). Foi a terceira vez que o país norte-americano vetou um pedido de cessar-fogo no Oriente Médio, sendo a primeira contra um projeto do Brasil, votado em outubro de 2023.

O pedido por “um cessar-fogo humanitário imediato que deve ser respeitado por todas as partes” que foi bloqueado pelos Estados Unidos, dessa vez veio de uma resolução elaborada pela Argélia, que ainda deixava explícita a oposição do país ao “deslocamento forçado da população civil palestina”. O projeto teve apoio de 13 países e uma abstenção do Reino Unido, mas o bloqueio estadunidense não causou surpresa.

A resolução argelina condenava o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro, que causou a morte de mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da Agence France-Presse (AFP) com base em dados oficiais israelenses.

Israel, em represália, lançou ofensiva, que segue em curso, que já matou mais de 29.000 pessoas, com sua maioria composta também por civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. Pesam sobre o país acusações da Anistia Internacional e da organização Human Rights Watch sobre o uso de fósforo branco em seus ataques.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, justificou o veto dizendo: “Não podemos apoiar uma resolução que poria em risco negociações delicadas”. A representante ainda declarou que o texto em votação não traria uma paz duradoura e prolongaria o cativeiro dos reféns e a crise humanitária. O país norte-americano é aliado de Israel.

Representante dos EUA, a embaixadora apresenteou um esboço alternativo redigido pelo país para mediar o conflito, mas sem menções ao fim imediato da violência. “Não se trata, como alguns membros têm afirmado, de um esforço americano para encobrir uma incursão terrestre iminente, mas de uma declaração sincera da nossa preocupação com o milhão e meio de civis que buscaram refúgio em Rafah”, declarou Linda Thomas-Greenfield.

Rafah é uma cidade da Faixa de Gaza onde estão refugiadas 1,4 milhão de pessoas e a última da região que não foi invadida por tropas israelenses. Apesar do cenário e das resoluções apresentadas por outros países na ONU para cessar o que está sendo lido como “genocídio palestino”, o governo estadunidense considerou a proposta da Argélia poderia comprometer negociações de trégua e libertação de reféns.

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