Escritora fala da sua trajetória na literatura, analisa o novo momento da carreira e o impacto da sua obra nas gerações futuras
Em mais uma entrevista da série Especial Mulheres, a reportagem do Portal Umbu dialoga com a escritora baiana Emília Nuñez que, em sete anos de carreira, já escreveu 23 títulos infantis e, no ano passado, ganhou o Prêmio Jabuti pelo livro infantil “Doçura”.
Ainda em 2023, outra boa notícia: Emília assinou um contrato com a editora portuguesa Infinito Particular para imprimir 1.500 exemplares de “A menina da cabeça quadrada”, seu primeiro livro.
Segundo Emília, a arte de criar histórias sempre foi algo presente na sua vida, mas foi só com a chegada dos filhos, que a escritora teve de volta a vontade de escrever. “Com a chegada dos meus filhos, voltei a mergulhar na literatura infantil e me senti tão, tão feliz que as histórias pularam de alegria dentro de mim e daí para o papel”, conta.
À reportagem do Portal Umbu, a escritora Emília Nuñez fala da sua trajetória na literatura, analisa o novo momento da carreira e o impacto da sua obra nas gerações futuras.
Ilustrado por Anna Cunha e escrito por Emília, “Doçura” é um livro-imagem e uma celebração às mulheres e às professoras. O livro retrata ainda a importância de fomentar a leitura na infância. Em 2023, a obra ganhou o prêmio Jabuti, um dos maiores reconhecimentos do mercado literário. “Me sinto muito contente, especialmente por Doçura ser uma ode às professoras e a leitura compartilhada desde a infância”, diz.
Resultado de sete anos de dedicação à literatura infantil, Emília assinou um contrato com a editora portuguesa, Infinito Particular para imprimir 1.500 exemplares do seu livro de estreia, “A menina da cabeça quadrada”. “Estou super empolgada! Faremos um lançamento presencial em Portugal em abril e estou super curiosa de como será a receptividade pelas famílias portuguesas”, relata.
Questionada sobre como a leitura surgiu em sua vida, Emília diz: “Sou uma escritora apaixonada pelo universo da infância. Os livros fazem parte da minha vida desde muito pequena e sempre amei ler. Invento histórias desde que me lembro, mas nunca imaginei que poderia ser uma escritora como profissão. Com a chegada dos meus filhos voltei a mergulhar na literatura infantil e me senti tão, tão feliz que as histórias pularam de alegria dentro de mim e daí para o papel. Publiquei meu primeiro livro, ‘A menina da cabeça quadrada’, em 2016, aos 30 anos e desde então já são mais de 20 novos títulos”.
Em seu perfil no Instagram, intitulado “Mãe que Lê”, Emília acumula mais de 130 mil seguidores. Segundo Nuñez, o projeto surgiu do desejo de compartilhar com outras mães os livros que lia para seus filhos. “O ‘Mãe que Lê’ surgiu do meu desejo, como mãe, de partilhar as leituras que fazia com meus filhos e de conhecer o que outras famílias estavam lendo. Quando comecei a publicar meus próprios livros, virou também uma forma de me comunicar com os meus leitores”, diz.
“Essa proximidade é muito boa! Já tive até ideia para livro vinda dessa troca virtual com as famílias leitoras. No ‘Mãe que Lê’ dou dicas de livros, de passeios culturais e também compartilho sobre o universo da maternidade. Desejo que esse espaço se fortaleça cada vez mais como um ponto de encontro e troca entre famílias que amam ler”, completa.
Para a escritora, o feedback que recebe dos leitores é uma motivação para o seu trabalho. “Eu me sinto muito motivada pelo retorno que tenho das meninas e dos meninos que leem meus livros e vêem minhas personagens femininas como garotas independentes, criativas, confiantes, protagonistas de suas próprias histórias”, revela.
“Me sinto muito feliz também por conviver na literatura com outras autoras mulheres que me inspiram muito, como Ana Fátima, Renata Fernandes, Luiza Meireles, Suzane Lopes e Lulu Lima. Espero que minha literatura contribua para que as crianças gostem de ler cada vez mais e que se aventurem a conhecer e respeitar mais a si mesmos e aos outros”, conclui.
Foto: Reprodução/G1