Especial Mulheres na Mineração

Nesta quinta-feira (15) é comemorado o Dia Mundial da Mulher na Mineração

Neste dia 15 de junho é celebrado o Dia Mundial da Mulher na Mineração -.International Day of Women in Minning. A data foi criada em 2022 pela International Women in Mining, o IWiM, uma organização sem fins lucrativos de fomento à sustentabilidade social na mineração. Agora, a meta do IWiM é que o dia seja inserido no calendário global do setor.

A igualdade de gênero é a meta de n°5 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Pauta cara para as mulheres que lutam pela garantia dos seus direitos, a igualdade de gênero deve ser um assunto tratado com seriedade pelas empresas que buscam estar alinhadas com as questões da contemporaneidade.

Seja no mercado de trabalho ou na sociedade em geral, a diversidade de gênero e sexualidade é considerada sinônimo de riqueza, por isso, fomentar a inserção de mulheres em espaços de poder, deve ser um objetivo de todas as empresas.

Aqui na Bahia, a data e a pauta vem movimentando os olhares das empresas do segmento, visando oportunidades e equiparar a presença feminina nesses espaços. Neste sentido, a supervisora da Jacobina Mineração, Jane Ribeiro comentou sobre a sua rotina trabalhando no setor, sua experiência na área de mineração e a importância da presença feminina na mineração. Boa leitura!

Trajetória de sucesso

A mineração representa 4% do PIB do Brasil, a Bahia é o terceiro maior produtor de minério do país. Já na Bahia, a atividade representa 2% do PIB.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a Bahia é, hoje, o maior produtor brasileiro de barita, bentonita, cromo, diamante, magnesita, quartzo, salgema e talco; o segundo maior produtor de níquel; e o terceiro de cobre. O estado é o único produtor de vanádio e urânio do Brasil.

Foi trabalhando como vendedora que Jane Ribeiro iniciou sua jornada profissional, querendo mudar de profissão, entrou em um curso técnico em Mineração. Em 2015, conseguiu um estágio na Jacobina Mineração e no ano seguinte foi contratada como operadora de máquinas pesadas.

“Iniciei na Carregadeira LHd e fiquei 8 meses na Operação de LHD e depois fui para a Operação de Fandrill equipamento de perfuração vertical. Em 2022, participei de uma seleção para Supervisora e, neste ano, fui aprovada no processo seletivo.”, relata Jane.

A rotina de Jane na Jacobina Mineração começa com uma inspeção rigorosa no ambiente de trabalho, isso porque, a supervisora trabalha diretamente com a operação de Fandrill – um equipamento eletro hidráulico projetado para produção em larga escala e perfuração em minas subterrâneas.

Realizada a inspeção, Jane executa a sinalização do local de trabalho, utilizando cones ou fitas para cumprir procedimentos e normas de segurança. Está dentro das suas atividades a organização da área de trabalho, instalando e desinstalando os equipamentos e confeccionando os relatórios diários de produção.

Assim como outras áreas, a mineração ainda é uma área predominantemente masculina. Segundo dados compilados pela Women In Mining Brasil, movimento de inclusão de gênero no setor, as mulheres representam 17% na mineração brasileira. Apenas 11% das mulheres ocupam cargos em conselhos executivos e 16% atuam nos conselhos de administração.

“Hoje eu percebo que a empresa dá maior suporte para as mulheres. Temos algumas mulheres em cargos de liderança, nós temos a Isadora como coordenadora hoje, a Heminny como Engenheira na área operacional. A Heminny é referência para mim porque somos da área operacional, uma área onde existe muito preconceito e ter mulheres na liderança é bem importante.”, explica a supervisora.

Segundo Jane, hoje, a área de operação é bastante ocupada por mulheres. “Hoje temos o programa Diversidade onde apoia as mulheres nesse mundo de mineração. Então, o apoio que temos hoje é excelente para nosso crescimento, principalmente para quem está chegando agora para operação, especialmente que estamos conseguindo abrir as portas para outras pessoas.”, complementa Jane.