A Secretaria de Educação em 2024 já investiu, através do Governo do Estado, mais de R$1,8 bilhão
“Arte, Ciência e Democracia: Caminhos para a sustentabilidade” é o tema do Encontro Estudantil da Rede Estadual da Educação na Bahia, que acontece desta terça-feira (17) até quinta (19), nas instalações da Arena Fonte Nova, em Salvador. O evento reúne cerca de 5 mil estudantes dos mais diversos territórios de identidade da Bahia.
Com um total de R$ 976,5 milhões em recursos investidos na construção de 39 novas escolas, R$ 397 milhões investidos na ampliação e modernização de 44 unidades escolares e mais R$104,5 milhões destinados a 390 obras e reforma em colégios de toda a Bahia, a Secretaria de Educação em 2024, já investiu, através do Governo do Estado mais de R$1,8 bilhão.
Temas como a permanência estudantil, alimentação e transporte, gestão de aprendizagem, números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a valorização da formação do magistério foram tratados pela secretária Rowenna Brito, durante a coletiva de imprensa no Auditório FECIBA na manhã desta quarta-feira (18).
“Nós temos um desafio que não é um debate exclusivo da educação, mas que passa inicialmente pela educação, que é o combate ao racismo. Em 2024, nós, da Secretaria de Educação, fizemos uma ação muito potente, que não foi exclusividade do Novembro Negro, mas sim, durante o ano inteiro. Nós viemos trabalhando os nossos estudantes sobre a implantação real da Lei 10.639. Ao percorrer o nosso Encontro Estudantil 2024, você irá encontrar vários projetos de empoderamento da juventude, como por exemplo, a aluna de uma unidade estadual do bairro do Arenoso. Esta escola vem trabalhando a identidade racial destes estudantes, mostrando quem são estes estudantes que vêm sendo empoderados e se reconhecem neste espaço de poder, com projetos premiados iniciados nesta unidade escolar”, vibrou a secretária Rowenna Brito.
A secretária complementou dizendo que durante todo o ano letivo, todas as unidades escolares estaduais promoveram projetos educacionais voltados para a história da Bahia, a história do povo negro com seus hábitos e costumes religiosos. Para 2025, a secretária enfatiza a reformulação do processo de ensino-aprendizagem que prevê a promoção real, a importância do debate da formação dos professores e a revisão do processo de implantação da formação continuada em todos os territórios de identidade aos quais estas unidades escolares estaduais pertencem.
O Instituto Anísio Teixeira (IAT) é a “Casa de Formação dos Professores”, mas segundo a secretária, a gestão tem aproximado ainda mais as universidades públicas estaduais e federais da Secretaria de Educação no que diz respeito à agenda de formação de professores. A secretária citou a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) como parceira para formação dessa agenda de formação para alfabetizadores, bem como todos os professores e orientadores aprovados e convocados em concurso público passam por essa imersão no IAT.
Professora da educação básica, Rowenna Brito destacou a importância da autenticidade e do diálogo no período da formação de professores concursados e nomeados dentro das escalas de formação continuada e dos núcleos educacionais territoriais fomentarem acolhimento para estes professores que ingressam na educação de forma legítima para ensinar uma realidade diversa em sala de aula.
“Estes programas e projetos, nós, enquanto secretaria de Educação, entendemos que são desafios que passam por aqui e tratamos nas formações no IAT que, por exemplo, trata de educação infantojuvenil antirracista, educação midiática e vocês verão vários alunos que fazem parte desse projeto, que desejam ser jornalistas e estão aqui, enquanto Agência de Notícias, ao lado de seus coordenadores em seu Território Escolar”, disse a secretária.
Alunos como Gustavo, do CETEP Edna Daltro/Bacia do Jacuípe 03, em Capim Grosso, que disse que tinha outros objetivos profissionais, mas que, quando conheceu o projeto da Agência de Notícias, decidiu se tornar jornalista.
“A partir de projetos como esse, vejo a importância de trazer a diversidade de etnias das unidades escolares estaduais, pois se torna uma grande oportunidade para estas mesmas pessoas perceberem que elas podem realizar os seus sonhos e planos profissionais ainda dentro da escola que elas estudam”, contou o estudante acompanhando do seu professor-monitor Robson Macedo, que destacou o quanto é importante todos os alunos, alunas e alunes participarem de forma prática da construção de narrativas que fazem parte da profissão de Comunicação Social.
A partir da pandemia, a Secretaria de Educação entendeu a necessidade de acolhimento destes alunos dentro das unidades escolares estaduais e assim criou-se programas como o “Bolsa Presença”, que além de disponibilizar o valor de R$150 reconhece o valor do esforço do estudante em permanecer em sala de aula já que, após o processo pandêmico, foi notado pela gestão escolar o número alarmante de evasão escolar por conta dos desafios orçamentários das famílias destes mesmos estudantes pra colocar comida na mesa.
Com o investimento anual de R$500 milhões pelo Governo Federal, a Secretaria de Educação abraça o desafio de manter esses alunos e os seus sonhos profissionais dentro das unidades escolares nos mais diversos territórios de identidade que existem na Bahia. Posteriormente, a presença do programa “Pé de Meia” complementa os sonhos destes alunos agora partindo dos seus sonhos e planos no ingresso nas universidades públicas estaduais e federais. O Encontro Estudantil da Rede Estadual da Educação – Bahia é o resumo de tudo isso. Para a secretária Rowenna Brito, esse encontro é a celebração do êxito de todos os estudantes dos territórios de identidade que venceram os seus desafios na sua localidade de origem e mostram aqui os seus projetos científicos na capital baiana.
*Texto produzido por Patrícia Bernardes Sousa, jornalista e mobilizadora de Projetos de Impacto Social na Bahia.