50 mulheres de outros estados só descobriram ao chegar a Salvador que evento não seria realizado
Nesta segunda-feira (21), empreendedoras do ramo de bronzeamento chegaram a Salvador para uma conferência sobre a área, entretanto, ao desembarcarem foram surpreendidas com a informação de que o evento não seria realizado e que também não havia reservas para elas no resort indicado na programação.
A Polícia Civil da Bahia investiga as denúncias de estelionato feitas pelas empresárias, muitas de outros estados. Segundo a Polícia Civil, os responsáveis prometiam palestras com especialistas na área e hospedagem durante três dias no mesmo local em que aconteceria o evento.
Uma das bronzeadoras, Kleydiane Maia, de 34 anos, contou em entrevista ao g1 que mais de 100 mulheres de Belém, capital do Pará, foram lesadas.
“Nós pagamos um curso e lá em Belém tem mais de 100 mulheres que foram lesadas, não foi só com essas que estavam aqui hoje. Estamos falando de mais de R$ 500 mil que a gente pagou tudinho”, contou.
“Tudo que eles prometeram, com o valor arrecadado, dava para fazer. A verdade é que eles sumiram com o dinheiro, gastaram tudo e foram inventando mentiras atrás de mentiras”, completou.
A Polícia Civil informou que um inquérito foi aberto para investigar o caso. As mulheres e os responsáveis pelo suposto evento foram ouvidos na Central de Flagrantes de Salvador e liberados. As investigações serão feitas pela Delegacia Territorial (DT) de Itapuã.
Ainda segundo Kleydiane, as mulheres que conseguiram embarcar para Salvador estão com passagens de volta marcadas para quinta-feira (24).
“A revolta é que eles entraram no grupo de aplicativo de mensagens e mandaram a gente vir, porque eles iam oferecer o curso para quem pagou o pacote com passagem de avião. Nós chegamos no hotel, estavam em uma reunião que nunca acabava e depois foi avisado, com a cara mais lavada, que bloquearam as contas deles e que não tinha hospedagem”, relatou.
