Cerca de 125 botos morreram nos últimos dias no Amazonas
Pesquisadores afirmam que pelo menos 125 botos morreram nos últimos dias no Amazonas. Atualmente, eles investigam se essas mortes têm ligações com o aquecimento dos rios e lagos na região. No entanto, por causa da seca, o caminho para chegar até os animais ficou muito complicado. Com informações do Jornal Hoje da TV Globo.
De acordo com a reportagem, o rio Solimões, que é o caminho que leva até os botos, está com o nível abaixo. Uma viagem de Manaus a Tefé que geralmente dura em torno de 8 horas, com a seca, dura o tempo de viagem chega a 17 horas.
Durante o percurso, a reportagem do Jornal Hoje flagrou muitas áreas onde a terra cedeu. Em alguns pontos, o rio está desaparecendo e revela uma vegetação seca. Em outros, moradores enfrentam o perigo com a casa à beira de barrancos.
O fenômeno chamado Terras Caídas é comum na estiagem. Sem a água do rio, o terreno resseca, perde sustentação e desaba.
“Nunca tinha visto boto morrer numa seca. É a primeira vez que a gente está vendo essa estiagem… Semana passada, quando estava morrendo muito, eu contei 35 botos mortos”, diz o prático Paulo Vitor à reportagem do Jornal Hoje.
Já em Tefé, uma equipe de 70 pessoas acompanham a situação. O trabalho inclui o recolhimento das carcaças dos botos para análise, que pode apontar o motivo das mortes.
“Ninguém tinha registrado essa mortalidade e os estudos que vamos fazer envolvem análises toxicológicas e biológicas para que a gente possa entender o que está acontecendo com os botos na parte interna e externa”, diz a bióloga Hilda Chaves.