O presidente da ABI (Associação Bahiana de Imprensa), afirma que hoje é um dia de reflexão e de afirmação da luta contra às diversas formas de silenciamento.
7 de junho é comemorado o Dia da Liberdade de Imprensa, data essa que foi intitulada por conta de um manifesto contra a censura da Ditadura Militar, que calou muitos profissionais na época. Esse manifesto foi divulgado e assinado por quase três mil jornalistas no ano de 1977, desde então esta data serve para relembrar a importância da liberdade dos profissionais de comunicação.
Na Bahia, Associação Bahiana de Imprensa (ABI) tem um papel de extrema relevância para com os jornalistas, radialistas, empresário de empresas de comunicação, publicitários e dirigentes. É uma instituição que luta pelos direitos dos profissionais por mais de 100 anos.
Em entrevista, o presidente da Associação Ernesto Marques cita os principais desafios de manter a ABI neste símbolo de resistência: “Acho que hoje, o nosso principal desafio é manter o nosso perfil de entidade tradicional que guarda a parte da memória da imprensa baiana e ao mesmo tempo, nos mantermos conectados com as agendas com as pautas do jornalismo de hoje.’ Para o jornalista, esse desafio está alinhado como novo formada de gestão, que envolve discutir e assegurar a liberdade de imprensa, direito à informação, garantia democrática, liberdades democrática .
Ernesto ainda destaca “as questões que estão na nossa ordem do dia como a questão das redes sociais, a questão da remuneração do trabalho jornalístico pelas plataformas de aplicação, o combate das fakenews, enfim, todas as questões que nos atingem hoje em dia.”
As fakenews são problemáticas que envolvem sérios questionamentos no que diz respeito às más condutas éticas dentro de uma sociedade. Ernesto é assertivo quando afirma que “O combate às fakenews no cotidiano não é, exatamente, tarefa de uma entidade como a nossa ou de um sindicato. Enfrentar o problema das notícias falsas, da desinformação, da difusão de mentiras pela internet é um imperativo ético que alcança toda a sociedade brasileira. “
Ele ainda complementa: “Alcança o cidadão comum que não tá vinculado profissionalmente a área da comunicação, alcança a autoridade do campo judiciário, alcança gestores públicos da da área da comunicação, empresários e, evidentemente, nós, jornalistas, também. O que nos compete como entidade é manter e estimular ao máximo esse debate na medida do possível. Eu considero as fakenews uma doença ética da humanidade nos tempos de hoje.”
Neste contexto, é importante destacar que apesar de todos os desafios encontrados dentro da comunicação é preciso refletir à cerca do que essa data significa para os comunicadores. Jornalistas, anteriormente, precisaram lutar para que hoje, apesar de todas as formas de silenciamento, os jornalistas pudessem usar o seu direito de fala dentro do jornal impresso, do telejornalismo e principalmente nos veículos independentes.
O presidente da ABI, diz que essa data é um momento importante de refletir. ” Esse é um momento de reflexão. É sempre uma oportunidade de relembrar aqueles anos de arbítrio, de censura, de tortura, de violência contra a atividade jornalística que ocorreu naquele período dos 20 anos da ditadura civil militar. Mas isso serve como alerta, porque nós estamos vendo a democracia sob ameaça não só aqui no Brasil, mas no mundo, e não há melhor forma de combate se não a reflexão.”