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Desfile do Ilê Aiyê celebra 50 anos de história e reverencia ancestralidade

Tema foi “Com o axé de Mãe Hilda Jitolu, a invenção do Bloco Afro. Ah, se não fosse o Ilê Aiyê”

Foto: Joá Souza/GOVBA

Quem é que sobe a ladeira do Curuzu? Neste sábado, todo mundo! Afinal, não é todo dia que o Mais Belo dos Belos completa meio século de história. Há 50 anos, o Ilê Aiyê despontou como o primeiro bloco afro a desfilar no Carnaval de Salvador e cativou o mundo com devoção à ancestralidade.

Com mais de 3 mil associados para o Carnaval 2024, o bloco celebrou o cinquentenário com o tema “Com o axé de Mãe Hilda Jitolu, a invenção do Bloco Afro. Ah, se não fosse o Ilê Aiyê” revisita o histórico da criação do Ilê e homenageia o legado de Mãe Hilda, mãe de Antônio Carlos Vovô e uma das mentoras do bloco.

A concentração contou com a presença do governador Jerônimo Rodrigues, da secretária da Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, dos secretários estadual e municipal da Cultura, Bruno Monteiro e Pedro Tourinho, respectivamente, além de vereadores e deputados, assim como artistas como Caetano Veloso, Edvana Carvalho e Evaldo Macarrão.

O bloco, fundado em 1974 por Vovô e Apolônio de Jesus, o Popó, é um dos principais símbolos da negritude brasileira e considerada um retrato do Carnaval da Bahia. O cinquentenário do Ilê Aiyê e a importância do bloco para a cultura da Bahia foram temas da entrevista de Antônio Carlos Vovô para o Portal Umbu.

À época, Vovô contou que o processo de construção e fortalecimento do Ilê Aiyê é contínuo e que, desde que foi fundado, a proposta é que o grupo cultural seja dirigido e formado por pessoas negras. “Temos tentado manter isso até hoje. Conseguimos muitas conquistas, mas ainda tem muitas coisas a serem feitas. Esse ranço da escravidão ainda é muito forte aqui e, desde o início do Ilê Aiyê, para sair no bloco, era preciso assumir sua negritude. Acredito que essa foi uma das primeiras contribuições do Ilê Aiyê”, explicou ao repórter Jadson Bomfim.

Até o aniversário do bloco, no dia 1º de novembro, o Ilê Aiyê estará envolvido em uma série de atividades que já contam com apoio do poder público, como a revitalização da Escola Mãe Hilda Jitolu e turnês no Brasil e no exterior.

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