Do sistema nervoso ao coração, entenda como a doença pode afetar diversos órgãos e a importância de reconhecer os sinais de alerta
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti , amplamente conhecida por causar febre alta. Pode apresentar um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No entanto, seus efeitos no organismo vão além desse sintoma inicial, podendo afetar diversos sistemas do corpo humano.
Confira os sintomas iniciais e evolução da doença
Após um período de incubação que varia de 2 a 10 dias, os primeiros sintomas da dengue geralmente incluem:
- Febre alta (acima de 38,5°C);
- Dor de cabeça intensa
- Dores musculares e articulares intensas;
- Mal-estar generalizado;
- Dor muscular/dor nas articulações;
- Náuseas e vômitos;
- Manchas vermelhas no corpo.
Esses sintomas podem durar de 2 a 7 dias. Em muitos casos, após esse período, o paciente começa a se recuperar gradualmente. No entanto, é crucial estar atento aos sinais de alarme que podem indicar a progressão para uma forma mais grave da doença.
Dengue com sinais de alarme
A dengue pode evoluir para formas mais severas, apresentando sinais de alarme como:
- Dor abdominal intensa e contínua;
- Vômitos persistentes;
- Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- Hipotensão postural (tontura ao levantar) e/ou desmaios;
- Letargia e/ou irritabilidade;
- Aumento do tamanho do fígado;
- Sangramento de mucosas;
- Aumento progressivo do hematócrito (concentração de células vermelhas no sangue).
A presença desses sinais requer atenção médica imediata, pois podem preceder a dengue grave, caracterizada por choque, hemorragias e comprometimento grave de órgãos vitais.
Comprometimento da dengue em órgãos e sistemas
A dengue pode afetar diversos órgãos e sistemas do corpo, levando a complicações como:
- Desidratação grave: devido à febre alta e vômitos, podendo causar fraqueza, boca seca e diminuição da urina;
- Problemas hepáticos: como hepatite e insuficiência hepática aguda, manifestando-se por dor abdominal, icterícia (pele e olhos amarelados) e aumento do fígado.
- Complicações neurológicas : incluindo encefalite, meningite e síndrome de Guillain-Barré, com sintomas como confusão mental, convulsões e paralisias.
- Alterações cardíacas: como miocardite (inflamação do músculo cardíaco), resultando em dor no peito, falta de ar e arritmias.
- Problemas respiratórios: como derrame pleural (acúmulo de líquido nos pulmões), levando a dificuldade respiratória e dor torácica.
- Comprometimento renal: insuficiência renal aguda, evidenciada por redução da produção de urina e inchaço corporal.
Prevenção e cuidados
Diante da gravidade potencial da dengue, a prevenção é fundamental. Medidas como eliminar criadouros do mosquito, instalar telas em portas e janelas e usar roupas que cubram o corpo ajudam a reduzir o risco de infecção.
Em caso de suspeita de dengue, é essencial procurar atendimento em unidades de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, evitando a automedicação, especialmente com anti-inflamatórios que podem agravar o quadro.
Busque a unidade de saúde em qualquer sinal de mal estar.
Fonte: Agência Gov