Segundo boletim publicado nesta quinta-feira (7), este será primeiro ano acima do limite de 1,5°C
Componente de observação da Terra do Programa Espacial da União Europeia, a Copernicus publicou, nesta quinta-feira (7), boletim afirmando que 2024 já está em vias de se tornar o ano mais quente registrado na história recente do planeta. A conclusão foi obtida após análise da temperatura global no mês de outubro, indicando que a possibilidade do primeiro aumento da temperatura média global superior a 1,5°C.
A divulgação aponta que a oscilação fora da média da temperatura para o resto de 2024 teria que cair para quase zero para que não fosse o ano mais quente. Este ano vai ainda marcar uma passagem alarmante, quando, de acordo com as medições europeias, o mundo presenciará um ano inteiro com 1,5°C acima da média de temperatura registrada entre 1850 e 1900, considerado pela ciência como período pré-industrial.
Este nível de aquecimento já implica em mudanças climáticas como secas extremas e inundações, fenômenos observados desde o início de 2024 em diferentes pontos do globo.
“Isso marca um novo marco nos registros de temperatura global e deve servir como um catalisador para aumentar a ambição para a próxima Conferência sobre Mudanças Climáticas, COP29″, afirma Samantha Burgess, diretora adjunta do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), citando a cúpula mundial do clima a ser realizada este mês no Azerbaijão.
A temperatura média global dos últimos 12 meses (novembro de 2023 – outubro de 2024) foi 0,74°C acima da média de 1991-2020 e estimada em 1,62°C acima da média pré-industrial, detalha o relatório mensal do Copernicus.
“Dado que 2023 foi 1,48°C acima do nível pré-industrial, é igualmente virtualmente certo que a temperatura anual para 2024 será mais de 1,5°C acima do nível pré-industrial, e provavelmente será mais de 1,55°C acima”, afirma o documento.
Com informações de Um Só Planeta