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Consultorias com realizadores do audiovisual e Feira Afrobiz são destaques no segundo dia do Festival Salvador Capital Afro

Reportagem do Portal Umbu foi conferir a programação do segundo dia do Festival

Foto: Jadson Luigi/Portal Umbu

O segundo dia do Festival Salvador Capital Afro (FSCA) contou com consultorias, feira, oficinas, além de outras atrações. Em sua terceira edição, o FSCA tem como objetivo conectar talentos negros, potencializando Salvador como um polo de conexão de negócios e criatividade. Nossa reportagem foi conferir a programação do segundo dia do Festival, que está sendo realizado desde quarta-feira (6) com programação até 8 de novembro, no Quarteirão das Artes, na Barroquinha, centro de Salvador.

A programação do evento começou nesta quinta-feira (7) com a consultoria de distribuição de produtos de audiovisual. A atividade foi conduzida pelas distribuidoras, Letícia Santinon, da Cajuína e Talita Arruda, da Fistaile, que orientaram os profissionais do audiovisual nesta importante etapa do ofício: a distribuição.

“Acho muito legal, pensarmos a consultoria de distribuição, porque no audiovisual brasileiro às vezes concentramos muitos esforços na criação, na produção dos filmes, na captação dos orçamentos. E a minha atuação na distribuição envolve a gente a ter [a distribuição] mais como aliada na realização audiovisual”, explica Talita Arrruda, distribuidora da Fistaile.

“Então, pensar a distribuição desde o roteiro, desde o desenvolvimento dos projetos, porque daí potencializamos a comunicação dele tanto com as audiências finais, quando eles forem estrear e para as salas de cinema, plataformas de streaming, mas também com as audiências de mercado. As possíveis parcerias, coproduções, editais, investimentos. Então, pensarmos a distribuição, quando pensamos a realização de uma história, é importante para fortalecermos a comunicação dela para os públicos”, complementa.

Quem passou pela Sala Boca de Brasa Centro, pode contar com a orientação das profissionais do audiovisual, foi o caso da cineasta independente, Vanessa Marrocos. Ela está desenvolvendo um curta-metragem de ficção intitulado de “A Viagem de Jurema”. Durante uma hora, Vanessa recebeu conselhos, orientação e trocou experiências com Letícia Santinon acerca do seu projeto.

“É muito bom, contarmos com esses espaços em que sejamos direcionadas para o melhor caminho que podemos fazer com a distribuição da nossa produção. Porque essa parte de distribuição a gente ainda tem muita carência de espaços e de entender os caminhos também para fazermos a nossa produção chegar no público. Então, essa consultoria ela foi muito boa também para dar uma visão mais geral do que posso pensar a partir do trabalho que tenho, de como distribuir e fazer ele alcançar as pessoas”, afirma Vanessa Marrocos.

A distribuidora Leticia Santinon, da Cajuína contou como surgiu a ideia de levar a consultoria de distribuição para o FSCA. “Essa ideia surgiu a partir de um convite da Daiane Sena, que está organizando, com uma equipe bem bacana, as atividades de audiovisual no Salvador Capital Afro. Tenho uma distribuidora audiovisual aqui em Salvador, há cerca de dois anos, mais ou menos. Eu já tinha feito alguns outros trabalhos, conhecendo parte dessa equipe e a Daiane, e quando ela estava pensando na programação, ela veio conversar comigo e com outras pessoas que também estão aqui participando, que seria interessante, termos uma consultoria de distribuição. Porque muitas vezes as pessoas querem conversar e não têm outros eventos, outras oportunidades”, explica.

Foto: Jadson Luigi/Portal Umbu

Já na Sala Harildo Déda, a consultoria teve como foco o desenvolvimento de roteiros para o audiovisual. As atividades foram conduzidas pelos roteiristas, Elísio Lopes Jr. e Kariny Martins. Durante a programação, eles conversaram com outros profissionais do audiovisual que estavam em busca de orientações para confeccionar seus roteiros.

+ Leia também: Elísio Lopes Jr. e Gautier Lee falam sobre trajetória e mudanças no mercado audiovisual nacional em entrevista ao Portal Umbu

“Começar no audiovisual é um desafio muito grande para novos autores, porque temos uma preocupação enorme com as formatações, mas o principal para o audiovisual é a ideia, é contar a história. Só que ao estudar roteiro, você acaba indo buscar nos manuais, nos cursos, nos workshops, uma forma de dar uma estrutura profissional para a sua história. E nessa busca de uma estrutura certa, correta, um formato, você acaba botando o que tem de genial na sua história em segundo plano”, diz Elísio, um dos autores da telenovela “Amor Perfeito” (2023) e diretor geral de “Torto Arado – O Musical”.

“Gosto muito desses diálogos. Quando tenho a oportunidade de trocar com autores, como eu era, alguns anos atrás, e explicar que o mais importante é que a sua história tenha você, tenha a sua identidade e seja a partir do seu imaginário, do seu repertório cultural, o que você quer dizer ao mundo. Você vai adequar a sua história aos formatos, mas o mais importante é você saber quais são os elementos fundamentais para você contar uma história e que eu preciso para entendê-la”, conclui.

Serviço:

O que: Festival Salvador Capital Afro – Tema “Alafia – cultura e prosperidade”

Quando: 6 a 8 de novembro

Onde: Quarteirão das Artes – Centro Histórico de Salvador; Pátio Yá Nassou; Barroquinha; Sala Harildo Deda; Sala Nelson Maleiro; Café Nilda Spencer

Informações: https://www.salvadordabahia.com/novembro/

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