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Confira os benefícios de escrever a mão, segundo estudo

Dados de diversos países mostram que o hábito de escrever à mão tem caído ao longo dos anos

Ao longo da história, escrever textos à mão, através de papéis, lápis, penas e canetas era algo comum. Com o avanço da tecnologia, a escrita digitada entrou em cena, foi aí que surgiram as máquinas de escrever em 1874 nos Estados Unidos.

No entanto, um estudo da Universidade da Noruega publicado na revista Frontiers in Psychology revela que escrever à mão é mais benéfico para o desenvolvimento cerebral do que digitar. Com informações do jornal Nexo.

Dados de diversos países mostram que o hábito de escrever à mão tem caído ao longo dos anos. Nos Estados Unidos, em 2021, apenas 37% da população tinha o costume de escrever com papel e caneta com alguma frequência. Já no Reino Unido, o índice era similar: 40% dos britânicos mantinham o hábito no mesmo ano.

Segundo a pesquisa, o ato de escrever à mão, com a fisicalidade do papel e caneta, permite uma conexão maior com aquilo que está sendo escrito e ajuda a processar a memória do que é registrado.

O estudo da Universidade da Noruega foi feito a partir do monitoramento de impulsos eletromagnéticos do cérebro dos participantes enquanto eles escreviam das duas maneiras, à mão e digitando.

No momento da escrita à mão, mais partes do cérebro eram ativadas, incluindo as regiões do órgão responsáveis pela memorização e pela assimilação de ideias. “Nossas descobertas apontam que os sinais visuais e motores usados para criar os movimentos da mão necessários para escrever contribuem para a ampliação dos padrões de conectividade cerebral envolvidos no processo de aprendizagem”, afirmaram os pesquisadores responsáveis pela pesquisa.

Por outro lado, quando os participantes escreviam digitalmente, menos áreas do cérebro eram ativadas, já que boa parte do processo é feito a partir da memória muscular e de um mero apertar de botões – movimentos significativamente menos complexos do que aqueles necessários para a escrita manual.

“As escolas devem continuar investindo no ensino da escrita à mão. Está muito claro que é uma prática extremamente benéfica para as pessoas”, afirmou ao site Science News a psicóloga Audrey van der Meer, que liderou o processo de pesquisa.

O estudo também mostrou que as capacidades de leitura de quem escreve à mão são amplamente melhoradas com o hábito, bem como a clareza na hora de se comunicar. A clareza é considerada uma habilidade essencial nos mais diversos ambientes profissionais, já que diminui a margem de erros nas operações e tarefas cotidianas.

Um estudo similar feito na Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, mostrou que há um aumento significativo da capacidade da memória ao escrever à mão – algo que pode ajudar a prevenir doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

Além disso, a pesquisa mostrou que, ao escrever à mão, as pessoas têm mais facilidade ao repassar seus conhecimentos para outros indivíduos, habilidade que pode ser valiosa para um professor, por exemplo.

Com informações do jornal Nexo

Foto: Reprodução/Pexels

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