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Censo Diversidade Bahia 2024: Uma fotografia da diversidade e inclusão nas empresas baianas

Um terço dos entrevistados relatou já ter sofrido algum tipo de preconceito no trabalho

Foto: Divulgação

O Censo Diversidade Bahia 2024, realizado entre 27 de junho e 21 de julho, revelou um retrato detalhado sobre a diversidade e inclusão nas empresas baianas. A pesquisa contou com aproximadamente 200 participantes, abrangendo diversos cargos nas áreas de comunicação e marketing. O levantamento foi predominantemente composto por mulheres cisgênero (59%) e homens cisgênero (37%), além de incluir representações de pessoas não binárias e outros grupos. Os resultados foram apresentados nessa sexta-feira (26).

A iniciativa da Youpper Insights, empresa de consultoria em inteligência de pesquisa, em parceria com a Umbu Comunicação & Cultura e contou com apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Prefeitura de Salvador, ESPM, Rede Bahia, ATcom Comunicação Corporativa, Darana RP, Lé com Lé e Pretas Criando.

Um dos pontos mais críticos do estudo foi a frequência de discriminação no ambiente de trabalho. Um terço dos entrevistados relatou já ter sofrido algum tipo de preconceito no trabalho. As mulheres destacaram experiências de desigualdade salarial e falta de oportunidades em cargos de liderança, enquanto relatos de racismo e homofobia também foram frequentes. Alguns dos exemplos trazidos no levantamento são casos de discriminação racial por parte de clientes e a falta de ação das empresas em situações de assédio.

O estudo apontou que 79% dos entrevistados acreditam que suas empresas buscam promover a diversidade e inclusão. No entanto, apenas metade confia que suas características pessoais não impedem seu crescimento profissional, e somente 37% sentem que têm as mesmas oportunidades que outros colegas.

Algumas marcas locais foram destacadas por suas boas práticas de diversidade e inclusão. Entre elas, a Agência Comunicativa, Rede Bahia, Shopping Salvador, Dendezeiro e Esporte Club Bahia foram mencionadas por suas políticas inclusivas e diversidade em suas equipes. Além disso, profissionais como Paulo Rogério Nunes, Pedro Tourinho e Rita Batista foram reconhecidos por seu trabalho na promoção da diversidade e inclusão em suas respectivas áreas.

A representatividade nos meios de comunicação ainda é percebida como insuficiente. Aproximadamente 34,9% dos entrevistados acreditam que os veículos de comunicação oferecem algum espaço para pautas sobre diversidade, mas há uma crítica de que muitas vezes esse espaço é utilizado de forma superficial ou sazonal, sem um compromisso contínuo e profundo com a causa.

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