Projeto teve êxito com cinco cascas de frutas e teve melhor desempenho com a banana
A prática de atividades industriais gera diversos tipos de resíduos poluentes que, ao serem lançados na natureza, geram ações tóxicas em toda cadeia alimentar dependente da vida marinha. Na busca por soluções para a crise hídrica, estudantes do Centro Territorial de Educação Profissional da Região Metropolitana, em Camaçari, avaliaram a eficácia das cascas de frutas no tratamento da água poluída.
As jovens Karen Ribeiro e Kevillyn da Silva, sob orientação do professor Gabriel Luiz dos Santos, explicam que esses estudos são fundamentais, já que o descarte de substâncias tóxicas na água causa um problema de contaminação mundial. “Ao compreender que os metais pesados têm características como elevados níveis de reatividade e bioacumulação, buscamos uma solução com custo-benefício para remoção deles”, afirma Karen.
O projeto, que até o momento constatou êxito com cinco cascas de frutas, como banana nanica, laranja, maçã, coco verde e abacaxi, apresentou maior valência com a banana. Para o desenvolvimento do biossorvente, as cascas são selecionadas, cortadas em tiras e expostas à secagem orgânica. Em seguida, são trituradas e o pH é avaliado. O pH é uma escala numérica que mede a acidez e basicidade de uma solução, dividindo-as em neutras (que tem pH 7, como água pura), ácidas (pH inferior à 7) e básicas (pH superior à 7, alcalino).
Nas etapas finais, ocorre a análise granulométrica e a remoção dos metais. Karen explica que a passagem dos íons metálicos presentes na água para a superfície de um resíduo sólido orgânico é chamada de adsorção. Ela age como sítio ativo, capaz de atrair os metais.
Para o futuro, a dupla pretende aprimorar os métodos de adsorção e promover o que consideram uma opção economicamente viável. “Nosso projeto almeja viabilizar os conhecimentos sobre a capacidade vital dos resíduos das frutas e como eles podem ser utilizados”, revela.
Fonte: Ascom/Secti
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