Prefeitura declarou que proprietários do imóvel já haviam sido sinalizados sobre os riscos do ocorrido. Parte do imóvel já havia desabado em 2019
A infraestrutura do prédio onde funcionava o antigo Hotel Colombo, em Cachoeira, desabou na noite deste domingo (18). O espaço estava em ruínas há alguns anos e escombros atingiram um carro que estava estacionado nas proximidades, mas não deixou feridos.
O prédio, embora uma propriedade privada, era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e estava localizado no centro de Cachoeira, no Recôncavo baiano. O casarão foi isolado após o ocorrido.
Construído inicialmente como um sobrado de dois pavimentos em frente ao Rio Paraguaçu, em 1830, o Hotel Colombo foi inaugurado com este nome em 1940, por Aurélio Bouzas. Após uma cheia do Rio Paraguaçu, em 1989, uma enchente prejudicou a cidade de Cachoeira e seus estabelecimentos, entre eles, o Hotel, que após vendas, foi fechado em 1992.
Um pedido de desapropriação, feito em 2014, para a abertura de um campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), só foi reconhecido em 2018, mas o então dono reivindicou pagamento, criando um impasse. Em 2019, parte do prédio caiu e uma nova discussão teve início.
Após o desabamento das ruínas neste domingo, a prefeitura de Cachoeira sinalizou que os proprietários do imóvel já haviam sido notificados sobre os riscos. Em nota, o poder municipal declarou que “diante dessa ocorrência, a Prefeitura de Cachoeira tomou todas as medidas necessárias, acionando os órgãos competentes como Coelba, Defesa Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, SAMU, entre outros, para lidar com a situação da forma mais eficiente e segura possível”.
“Pedimos encarecidamente que a área do desabamento seja respeitada e isolada, a fim de garantir a segurança de todos os cidadãos e profissionais envolvidos no processo de avaliação e assistência. Contamos com a colaboração de todos nesse momento delicado”, concluiu a nota.
