
Até domingo (31), baianos e turistas podem visitar a exposição “Ecos Malês” na Casa das Histórias de Salvador, no Comércio, das 9h às 17h, sendo que no último dia a abertura do equipamento cultural acontece a partir das 10h. A exposição tem curadoria de João Victor Guimarães, co-curadoria de Mirella Ferreira e reúne 114 obras de 48 artistas, em parceria com o coletivo Arquiteturas da Revolta. Desde seu lançamento, em novembro no ano passado, a mostra já foi vista por mais 45 mil pessoas.
“Ecos Malês” provoca uma reflexão sobre movimentações históricas e atuais, protagonizadas por personalidades negras que lutaram e que lutam pela liberdade. As obras estão distribuídas em três núcleos expositivos: Encontrar, Ruas da Revolta e Inventar (Liberdade e Defesa). Cada núcleo aborda diferentes dimensões da insurreição e impacto na Salvador contemporânea, por meio de esculturas, pinturas, fotografias, gravuras, colagens e intervenções artísticas.
No local, é possível conferir obras de Ventura Profana, Voltaire Fraga, Rose Aféfé, Karamujinho, Helen Salomão, Jasi Pereira, Malê Debalê, entre outros. A mostra passou por um segundo ato, recentemente, e recebeu novas obras de artistas como Yan Nícolas e Antônio Pulquério.
Além disso, o curador João Victor Guimarães destacou o diálogo com as escavações que confirmaram a existência de um cemitério de escravizados no complexo da Pupileira, na Santa Casa da Misericórdia, em Nazaré. A localização do antigo cemitério foi identificada pela doutoranda Silvana Olivieri.
Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$10 (meia), mas, às quartas-feiras, o acesso é gratuito. A Secretaria Municipal de Turismo e Cultura (Secult) informa que o acesso ao local precisa ser até as 16h.