Apesar de avanços nas negociações, não houve acordo de reajuste salarial dos professores

A Câmara Municipal de Salvador vota nesta quinta-feira (22) o projeto de lei que trata do reajuste salarial dos professores da rede municipal de ensino, que estão em greve desde o dia 6 de maio. A paralisação, que já dura 15 dias, afeta mais de 131 mil alunos da rede.
Câmara de Salvador vota reajuste salarial dos professores
O impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) e a gestão municipal gira em torno do pagamento do piso salarial da categoria. Apesar de avanços nas negociações, não houve acordo até o momento.
A sessão extraordinária, marcada para as 16h no Centro de Cultura da Câmara, vai deliberar sobre o Projeto de Lei 174/2025, que dispõe sobre o reajuste dos vencimentos dos servidores ativos, aposentados e pensionistas. A expectativa é que a votação defina os próximos passos na tentativa de pôr fim à greve que impacta diretamente o funcionamento das escolas municipais.
Além do reajuste dos professores, outros projetos também serão apreciados, incluindo vetos parciais e alterações em legislações municipais.
Por que professores de Salvador estão em greve?
Os docentes, representados pela APLB-Sindicato, apresentaram as seguintes demandas:
Cumprimento integral do piso salarial nacional: pagamento de R$ 4.867,77, valor definido pelo MEC – eles alegam que prefeitura paga pouco mais de R$ 3.070 e enfatizam que essa defasagem já dura desde a gestão do prefeito João Henrique;
Reajuste compatível com a Lei do Piso do Magistério, que prevê atualização anual.
Abertura de negociações efetivas com a gestão municipal.
Realização de concursos públicos para recomposição do quadro.
Melhores condições de trabalho nas salas de aula.
Reajuste para aposentados e pensionistas com paridade.