A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) anunciou nesta segunda-feira (28) que o Brasil não está mais no Mapa da Fome. O anúncio foi feito durante evento oficial da 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, na Etiópia.
O resultado reflete a média trienal entre 2022 e 2024, que colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente. A conquista foi alcançada em apenas dois anos, tendo em vista que 2022 foi um período considerado crítico para a fome no Brasil.
“Sair do Mapa da Fome era o objetivo primeiro do presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023. A meta era fazer isso até o fim de 2026”, lembrou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Mostramos que, com o Plano Brasil Sem Fome, muito trabalho duro e políticas públicas robustas, foi possível alcançar esse objetivo em apenas dois anos. Não há soberania sem justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia”, disse.
O presidente Lula comemorou o marco nas redes sociais dizendo que se trata de “uma conquista histórica que mostra que com políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome e construir um país mais justo e solidário”.
O Brasil já havia saído da lista de países com fome em 2014, após 11 anos de políticas sociais em dois governos de Lula. No entanto, após a análise dos dados de 2018, período de declínio de programas sociais, a 2020, a ONU recolocou o país na categoria, apontando um aumento da insegurança alimentar no período.
A ONU define como desnutrida a pessoa que, habitualmente, consome menos calorias e nutrientes do que o necessário para manter uma vida saudável.
Os números nacionais da fome, captados por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia) nas pesquisas do IBGE, mostraram que, até o final de 2023, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave.
Além disso, em 2023, o país reduziu a pobreza extrema a 4,4%, um mínimo histórico, refletindo a retirada de quase 10 milhões de pessoas dessa condição em relação a 2021.
