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Bloco Fogueirão homenageará Vovô do Ilê e a importância da ancestralidade no circuito Osmar

História da liderança do Ilê Aiyê e como sua trajetória inspirou a criação de outras estruturas de matriz africana no entretenimento

Foto: Divulgação/Bloco Fogueirão Samba Folia

Completando 37 anos em 2024, o bloco de samba Fogueirão prestará homenagem ao fortalecimento dos blocos afro na história do Carnaval de Salvador já na próxima quinta-feira (8), no circuito Osmar.

Trazendo como tema “Viva ao nosso mestre Vovô do Ilê – Toda reverência à nossa maior referência da cultura negra”, o bloco Fogueirão Samba Folia promete levar 2500 associados para aproveitar o circuito ao som da Banda Fogueirão e convidados como Miller e Noelson do Cavaco.

Surgido em 1987, o Fogueirão foi impulsionado pelo movimento do Samba Junino que ocorria nos bairros do Engenho Velho de Brotas, Engenho Velho de Federação, Liberdade, Nordeste de Amaralina, no final dos anos 1960. Criado pelos jovens da Rua Onze de Agosto, o Fogueirão foi desenvolvido para que a localidade tivesse um grupo de samba junino e pudesse participar de concursos realizados na periferia e de comemorações juninas.

Desde seu surgimento, o bloco construiu uma jornada como representante local e comunitário, passando a realizar eventos calendarizados da cultura afro baiana, engajado na garantia do legado da ancestralidade africana por meio do samba junino, que é a mistura da música percussiva produzida na Bahia pelo povo preto, aliado às manifestações culturais juninas trazidas pelos colonizadores. O que antes eram antes procissões, missas, danças e comemorações populares, novenas e trezenas religiosas, passaram a ter e compor a identidade da Bahia.

Bloco desde 2008, o Fogueirão sempre marcou presença em festas populares de Salvador como Lavagem do Bonfim, Lavagem de Itapuã e festa de Iemanjá, mantendo forte vínculo com manifestações religiosas do povo de Santo.

Desde 2012, a instituição passou a realizar oficinas de música e percussão, criação de instrumento, para os jovens da comunidade, como forma de garantia da manutenção e preservação do samba junino, tombado pelo município como patrimônio imaterial da cidade do Salvador.

Homenageando Vovô do Ilê, o bloco Fogueirão traz a reflexão da jornada da liderança do Ilê Aiyê, que completa 50 anos em 2024. A motivação está na identificação da importância dos feitos para o surgimento de outras estruturas de matriz africana no entretenimento, bem como a figura do homenageado como visionário e futurista, e como é possível encontrar caminhos para o futuro sem perder as próprias características.

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